sexta-feira, 29 de junho de 2007

Mas não é!!!

Ah, mas embora o caso tenha acabado por ser abafado, que o facto de haver certificados de habilitações datados a um domingo e tudo o resto que se sabe, de uma coisa não devemos esquecer-nos:

o homem é PM mas NÃO É engenheiro.

Ela anda aí!...

Primeiro foi um professor, destacado na DREN.
Porque fez uma piada com o currículo do PM.

Depois foi um blogger.
Porque publicou textos que se referiam ao currículo do PM.

Agora foi a directora de um Centro de Saúde, no Alto Minho.
Porque apareceu um cartaz a brincar com um dos ministros do PM.

Pelo meio tempo, o governo liderado por este PM tratou de trabalhar uma Lei que limita o máximo que pode, o estatuto do Jornalista.

Pode ser confusão minha, mas só comecei a reparar nisto depois de outro PM (que era PCM) ter sido eleito como o maior português de todos os tempos.

Será que este PM ficou rendido à biografia do outro, apresentada na televisão, e aos métodos que o eternizaram no Poder durante 48 anos?

Eu já não tinha muitas dúvidas, mas cada vez estou mais certo.
E não deixará de ser irónico que a CENSURA tenha sido reimplantada por um governo do partido socialista!

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Brilhantemente... simples

Não sei se viram esta noite a "Grande Entrevista", na RTP1.
Acho que nunca tinha assistido a uma performance tão intocável como a do ministro Luís Amado. Esmagou completamente a Judite de Sousa.

As habituais perguntas armadilhadas, que se costumam fazer aos políticos/comentadores e/ou candidatos a isso que, na resposta, dão sempre uma no cravo e outra na ferradura... chegaram a raiar o ridículo, ante a postura serena, impenetrável e segura de Luís Amado. Nem submisso, nem arrogante.

O engraçado é que foram mais do que muitas, as vezes em que a jornalista/estrela de televisão tropeçou e, mais do que isso, caiu estrondosamente em praticamente todas e cada uma das "rasteiras" que tentou por no caminho do entrevistado.

Judite de Sousa não apareceu mal preparada. Mostrou-se, mais do que tudo, mal... habituada.
E foi notório o seu nervosismo.

Este Luís Amado está bem cotado nas apreciações do público - nas chatérrimas sondagens semanais que os jornais fazem -, eu não tinha ainda reparado nele mas confesso: se os políticos fossem todos como ele, talvez, talvez... eu voltasse a acreditar na política.

E gostei, sobretudo, numa situação em Judite de Sousa - que já perdera totalmente o controlo da entrevista - tentou "encurralar" Luís Amado com a insistência no "mas você, como Ministro dos Negócios Estrangeiros não fala com o Presidente da República?", este, mantendo o low-profile que sempre demonstrou, respondeu: "O senhor Presidente da República não tem que falar comigo. A falar, fala com o Primeiro Ministro."

Ah!... Se fosse outro, se não fosse, como mostrou ser, um gentleman, teria respondido: "Se for esse o caso, o seu Director-geral chama o jornalista para pedir uma opinião, ou passar um raspanete... ou chama o Director de Informação?"

Tenho a certeza que, aí, a Judite de Sousa não teria outra saída que não abandonar o estúdio.
Há dias assim.
E só porque a maioria dos políticos não almeja outra coisa que não ser "simpático" para com o entrevistador, visando, de longe, que o público o veja como... simpático, não quer dizer que não haja ainda gente com coluna vertebral na política.

Eu aqui, e sem problemas de consciência, digo: obrigado senhor Luís Amado.
Lá na sua rua há mais políticos assim?

Estranhas inimputabilidades

Toda a gente viu na televisão o senhor Madureira, vulgo "o macaco", a distribuir fruta - ai! fruta não, que acima do Douro tem um signifcado muito sui-generis -, porrada, pronto! à esquerda e à direita, pulando filas de cadeiras, descendo ao recinto do jogo...
Todos viram mas, pasme-se TODOS viram mal!

Aliás, sabendo-se intocável - e aqui reside outro dos mistérios que envolve esta figura - não se escusou a desmultiplicar-se em entrevistas onde explicou a este bando de ceguetas, que somos nós todos, que não participou em nenhum acto de violência, antes pelo contrário, disse. Estava a tentar por cobro àquilo.

É um ponto de vista. A melhor maneira de acabar com um arraial de porrada é deitar por terra todos os oponentes. Pronto, acaba!

Foi o que Pizzarro fez com os indígenas sul-americanos e os estadunidenses com os ameríndios. Levou algum tempo, mas acabaram com as guerras. Aniquilaram o adversário? Isso é um pormenor que para aqui não é chamado.

Gostava que alguém me explicasse se é serviço público enviar uma equipa de reportagem para cobrir o julgamento de um reconhecido hooligan e chefe de bando que limpa zona de serviço sim, zona de serviço sim, quando se deslocam para apoiar o seu clube, principalmente se o resultado é transformá-lo em "herói". E vimo-los ontem, a ele e ao seu advogado, todo eles sorrisos, mais do que certos do resultado da decisão do Tribunal.

Até onde se estendem as influências desta figura?
Mas o que realmente me preocupa é que a televisão entrou neste "jogo" e o Madureira somou mais uns pontos na consideração e respeito que os deliquentes disfarçados de apoiantes dos clubes já tinham por ele e hoje há muitos mais madureiras, mais confiantes de que são quase imimputáveis. Façam as diatribes que fizerem.
Mas porquê? Pergunto eu.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Pois, pois... a gente entende (que não serves para o lugar)

Ouvi de "raspão" na RTPn. Depois, num estranho exercício de auto-censura, o Telejornal nem tocou no assunto.

O candidato Fernando Negrão, quando queria referir-se à Empresa Pública da Urbanização de Lisboa (EPUL), falou mais do que uma vez na... EPAL. A empresa das Águas. Para candidato a presidente do município lisboeta não está mal.

Ou estava a pensar em... cada apartamento a sua piscina?

A caminho da "escravatura"

Outra notícia so Telejornal. Estatisticamente, cada família portuguesa tem neste momento um encargo, em relação ao Estado, de 40% do seu vencimento mensal.

Pois é... Entramos no emprego às 9 horas de segunda-feira e o dinheiro que ganhamos até sair-mos, às 17 de terça, é para o Estado.

Quanto às empresas, o encargo em prol do desenvolvimento do País é de 25,5%. A partir das 11.30 horas da mesma segunda-feira - e descontando os encargos com o pessoal - o que ganhar é lucro.

Força com a Campanha, mas direccionem-na correctamente

É uma das notícias do dia. Os fumadores custam ao Estado 434 milhões de euros em despesas de saúde.

Ok, não vou enveredar por um discurso propagandista - nunca o faria - pró-tabaco. Aliás, no artigo anterior já deixei uma pista.

A primeira notícia li-a em papel (leia-se, num jornal, que posso abdicar da bica, mas não dos jornais), esta ouvi-a na televisão: cada vez há mais jovens a fumar.

Ok... parece-me fácil a decisão. Aumente-se (ainda mais) o preço do tabaco. A prioridade é mesmo, impedir que os jovens se acostumem. E se um maço de cigarros custar seis, sete... dez euros, a grande maioria não terá dinheiro para o comprar.

Se bem - e isto, mais dia menos dia, servirá de tema, aqui, a um artigo - que, digo-o com muito desagrado, haja teen-agers com "mesadas" superiores ao ordenado mínimo nacional. Os papás bem que podem ganhar, honestamente, tanto dinheiro que podem dar 600 ou 700 euros de mesada aos pimpolhos, mas não deixa de ser humilhante para muitos ( a maioria) dos chefes-de-família que, com menos do que isso têm que accorrer a todas as necessidades do seu agregado familiar. Os filhos destes não têm três euros para comprar tabaco.

Mas, como referi, nem me passa pela cabeça fazer aqui a apologia do tabagismo.
Até porque é proíbido!... :-)

Por isso perdoou ao Governo, ou ao "aparelho" de estado que nos dá, de chofre, números alarmantes de gastos públicos com a saúde, "esmagando" em culpas e remorsos os fumadores, quando não diz que os fumadores contribuem, indirectamente, mas contribuem, com larga fatia para o Orçamento de Estado através do Imposto sobre o Tabaco que nos leva a pagar a dez vezes mais o preço que custa, de facto, cada cigarro.

É, ou foi, uma opção de milhares de cidadãos, esmagadoramente cumpridores, no que respeita ao pagamento dos outros impostos, e não merecem serem tratados quase como criminosos.

Ok, aceito, se integrada numa campanha para desencorajar potenciais novos fumadores, que se esgrimam números desta forma. Mas assim, desenquadrados, soam àquilo que, de facto são: uma vil tentativa para a ostrasização dos que, por escolha própria, queimam um cigarrito de vez em quando.

Eu sei que não posso eternizar este tema. Até me ficava mal... Nem espero que o Governo publique a (anafada) parcela de lucros que tem com os fumadores - não fosse alguém, de repente, cair na tentação de tentar ajudar a "salvar" as miseráveis contas do Estado - mas há mil e uma maneira de encarar a luta anti-tabágica, com algum sucesso.

Pelo que ouvi na televisão... quando o aumento do número de fumadores está perfeitamente identificado - são jovens e, na maioria... raparigas - não me castiguem a mim proibindo-me de fumar num restaurante.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Fundamentalismos... NÃO!...

Volta não volta, o assunto volta a ser notícia.

Falo da Lei do Tabaco.

Tudo bem, sou – todos o sabem – fumador. Não sei se é difícil ou não deixar de fumar, porque nunca o tentei. Preciso de um cigarro, de vez em quando. OK, de muitos cigarros, se somados ao fim do dia. Faz mal? Claro que faz. Eu sei. Já o sabia muito antes de, por Lei, os maços que compro terem bem escarrapachado que fumar mata.

O grande escritor, poeta, ensaísta… Manuel da Fonseca, alentejano de Santiago do Cacém, com aquele estranho humor que caracteriza os alentejanos, disse um dia: «Isto de estar vivo, um dia ainda acaba mal!»

Mata o tabaco, mata o conduzir sem o mínimo respeito pela vida (a própria e a dos outros), mata… a fome. Nomeadamente nos países menos desenvolvidos. Principalmente em África. E se cada um dos cidadãos, de “remediados” para cima, desse CINCO CÊNTIMOS DE EURO (ou DÓLAR) por ano, aquela gente podia, mesmo que nas condições péssimas em que vivem, VIVER.

Enquanto em meio Mundo se morre de fome, o outro meio Mundo manda comida para o lixo. Sem remorsos. Apaparica cachorros e gatinhos com latas de comida que custam o mesmo que 50 pacotes de arroz. Exactamente, porque é barato e nutritivo, o alimento que ainda se vai arranjando para tentar mitigar a fome aos MILHÕES que crianças que choram porque não têm que comer.

Mesmo não apoiado em nenhum “estudo estatístico” tenho a consciência de que, no tempo que levar a escrever este artigo morrerão centenas… CENTENAS de crianças.

Com fome.

Duas notas intermédias:
Não tenho nada contra os animais de estimação. Eu próprio já tive um cão e quase uma dúzia de gatos, à vez. E agora que a minha irmã foi de férias, até fiquei de “baby-sitter” do peixinho vermelho da minha sobrinha.
A segunda é que façam uma Lei que ponha o maço de cigarros a 10 euros. Com a garantia de que os 6,85 euros que eu pagaria a mais iam direitinhos para um programa global de luta contra a fome no Mundo.

Eu não ia deixar de fumar.

Voltando atrás. É – isto é – das estatísticas que em Portugal, depois dos AVC e problemas cardíacos, o terceiro motivo de morte são os acidentes rodoviários.
Gostava – a sério que gostava – de ver afixado, na devida proporção, nas escolas de condução e nos próprios automóveis à venda letreiros a avisarem que CONDUZIR MATA.

E mata. Muito.

Deixemos estes… entretantos, e passemos aos finalmentes.

Fumar é uma opção. Que cada um assume. Tem esse direito.
Que o fumo incomoda terceiros… nem discuto por isso acato as regras locais. Não se pode fumar em locais que TODA a gente TEM que frequentar, nomeadamente, transportes e serviços públicos, local de trabalho... Ok, não discuto.
Nas eu também gostava que outros items fossem considerados. Por exemplo, interditar a entrada a quem, evidentemente – para quem não está constipado – não toma um banho diário; para quem, não o tomando, tenta disfarçá-lo com o reforço de enjoativos perfumes que me incomodam. Com quem sofre de incontinência verbal...

Nestes últimos meses tenho sido “cliente” assíduo de hospitais e centros de saúde e, garanto-vos, saio de lá mais “amachucado” do que entrei porque NINGUÉM se cala. E fala alto, e resmunga se alguém pede um pouco de silêncio.

Tanto terreno onde se podia exercer o irreprimível instito da proibição.

Agora volto à Lei.
Não somos originais. Claro que não. Aliás, seguimos - como cachorro desprovido de amor-próprio, que é aquele a quem o dono bate, mas não deixa de ser capaz de abanar o rabito quando dele se aproxima - regras “sopradas” do estrangeiro.

Mas há regras e regras.

É deliciosa a crónica do meu Director, Vítor Serpa, n’A BOLA de Sábado.
Não podemos comer o azeite serviço em galheteiros; o bacalhau não pode ficar a demolhar, exposto ao ar (teria de ser congelado), não se pode beber o (bom) vinho servido a jarro e, segundo ele, até o bife à cortador, com um ovo a “cavalo” foge às regras emanadas de Bruxelas.
E conclui: «Os belgas, que comem mexilhões com batatas fritas, é que vêm explicar-me como se come?»

Não fugi ao assunto, apenas o abri o leque.
Voltemos então ao tabaco.

Não discuto sequer a liberdade de cada um dos não fumadores em se recusarem a repartir um mesmo espaço com os “viciados”, como eu… mas calma aí.

Não queiram transformar tudo em TERRITÓRIO SEU!

Eu sei que, nos dias de hoje, por necessidade, não o nego, mas também muito por statuos – ou então não via tantos carros cobertos por capas protectoras onze meses por ano, a ocuparem espaço na via pública – toda a gente em o seu pó-pó. Toda a gente não, que eu não sou o único que nem carta de condução tem.

E incomoda-me o “ron-ron” do carro do meu vizinho que precisa de dez minutos de “aquecimento” antes de se por a andar. Incomoda-me a buzinadela, porque a senhora não há meio de descer. Para não falar que, entre o escape do seu carro e o fumo dos meus cigarros, a poluição nem é mesurável.

Mas vamos lá então ao que realmente eu queria dizer.
Proíbir os fumadores de frequentar restaurantes. Obrigar os seus proprietários a declararem espaço sem fumo as casas sobre as quais são eles quem paga impostos.

Como sempre vamos atrasados. E negamos as evidências.
Aqui ao lado, em Espanha, a Lei dá aos proprietários dos restaurantes e espaços equivalentes, a possibilidade de declararem, ou não, os seus estabelecimentos livres do fumo do tabaco.
O que é que vêem de mal nisto?
Mais, a Lei, em Espanha, está em vigor há um ano e, pelo menos daquilo que tenho lido, pouco ou nada mudou. A não ser o facto de a esmagadora maioria dos estabelecimentos, aos autocolantes publicitários terem acrescentado: “Aqui pode-se fumar.”

A esmagadora maioria.

É uma decisão que só cabe ao proprietário. Ele é que sabe se, proibindo os fumadores de entrarem mantêm o mesmo nível de lucros, ou se os não fumadores não têm – dentro do universo da sua clientela habitual – mais peso.

E decidem em conformidade.

Em Portugal – embora a Lei tenha recuado – o que se pretendia era declarar completamente “fora-da-lei” os fumadores. Daqui a pouco, e como eu digo, a brincar – mas atenção ao meu humor alentejano –, estava a ver-me acocorado atrás de um carro, atrás de uma esquina, a fumar. Coisa a que nem sequer é obrigado um vulgar drogado, que ainda há locais onde as seringas circulam de braço em braço, à vista de toda a gente. Mais, as multas de que já se falou, seriam mais onerosas para quem fosse apanhado a fumar do que para quem fosse "flagrado" a drogar-se!

E não nos queiram colocar no mesmo patamar dos drogados.

Não, não aceito seja que argumento fôr.

Já nem falo nos impostos que, indirectamente, pago a mais que os não fumadores. Digo é que o exemplo de Espanha é lógico. «Aqui pode-se fumar.»

Quem não quiser não entra. Ninguém os obriga.

Porque é que eu tenho que ir para a rua ou ficar em casa para puder fumar, e os outros não podem ficar em casa a tomar café? Há máquinas no mercado que “tiram” bicas tão boas como as industriais.

Em espaços onde só vai quem quer ir – porque a isso não são obrigados – que deixem os proprietários terem a última palavra.
Eu, se tivesse um espaço de restauração, entre 100 bebedores de café, mais o copo de água, da torneira, para não gastarem mais dinheiro, e 25 bebedores de imperiais, mas que, entre cada uma e dois dedos de conversa fumam cinco cigarros, nem sequer tinha dúvidas.

E há-de haver sempre proprietários que, por convicção própria, hão-de declarar os seus espaços livres de fumo. Estão no seu direito. Os não fumadores que os procurem.

Aquela máxima de que “a liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do outro” é válida para os dois lados. Tem que ser. A bem da liberdade de todos.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Dou a minha ajuda com muito gosto!

(Este texto foi-me deixado como comentário por um leitor.
Não é anónimo, podem aceder ao seu próprio Blog no link a meio do texto.)

Todos sabemos os factos, as razões aqui estão.
O País está em crise educativa generalizada, resultado das políticas governamentais dos últimos 20 anos, que empreenderam experiências pedagógicas malparadas na nossa Escola.

Com efeito, 80% dos nossos alunos abandonam a Escola ou recebem notas negativas nos Exames Nacionais de Português e Matemática. Disto, os culpados são os educadores oficiosos que promoveram políticas educativas desastrosas, e não os alunos e professores.
Os problemas da Educação não se prendem com os conteúdos programáticos ou com o desempenho dos professores, mas sim com as bases metódicas cientificamente inválidas.

Ora, devemos olhar para o nosso Ensino na sua íntegra, e não apenas para assuntos pontuais, para podermos perceber o que se passa. Os problemas começam logo no ensino primário, e é por ai que devemos começar a reconstruir a nossa Escola.

Recomendamos vivamente a nossa análise, que identifica as principais razões da crise educativa e indica o caminho de saída. Em poucas palavras, é necessário fazer duas coisas: repor o método fonético no ensino de leitura e repor os exercícios de desenvolvimento da memória nos currículos de todas as disciplinas escolares.

Resolvidos os problemas metódicos, muitos dos outros, com o tempo, desaparecerão. No seu estado corrente, o Ensino apenas reproduz a Ignorância, numa escala alargada.Devemos todos exigir uma acção urgente e empenhada do Governo, para salvar o pouco que ainda pode ser salvo.

Sr.(a) Leitor(a), p.f. mande uma cópia ao M.E.email: gme@me.gov.pt, se.adj-educacao@me.gov.pt, se.educacao@me.gov.pt

terça-feira, 19 de junho de 2007

Livrem-nos da Madeira e dos madeirenses!... Já!

O senhor José Berardo, madeirense sem qualquer profissão conhecida mas que, dizem, é dono de colossal fortuna, ainda que seja do domínio público que grande parte dela foi conseguida especulando na Bolsa, já para não falar do facto de, vá lá saber-se porquê, e depois de um “braço-de-ferro” com o próprio Governo da Nação, ter conseguido “impingir” ao Estado, a troco de um cheque com muitos zeros à direita de um qualquer número que a mim, para já, nem me interessa, um local onde “arrumar” a “tralha” – por mais valor que tenha – que foi juntando ao longo da sua vida de “chico-esperto” (explico: comprando a cinco tostões o que, de antemão, sabia valer 5 contos de réis), saltou para as parangonas dos jornais a semana passada quando lançou uma OPA sobre a SAD do Sport Lisboa e Benfica.

Não me admiaria nada se, nas próximas semanas – se é que há vontades para levar isso a cabo – esta sua saída de um anonimato mais ou menos gerido ao longo e décadas, não venha a revelar-se apenas um estratagema para esconder algum vício privado, tentando fazer sobressair uma (duvidosa, apesar de tudo) pública virtide…

Não tenho nada contra quem é esperto. O mundo é deles.
Nós, a maioria, aqueles que declaram no IRS que, afinal de contas e apesar de vários dias de pingo no nariz, só compraram um medicamentozinho para a gripe que, no todo, nem vai alterar o que vamos ser obrigados a pagar ao Estado, porque trabalhamos, não nos devemos queixar só porque somos assumidamente parvos.

Mas voltando ao senhor José Berardo…
Um dia ainda vamos saber porquê, a meio da semana passada apareceu em todos os jornais e em todas as televisões porque lançou ma OPA sobre a SAD do Benfica. Sem quaisquer interesses particulares. Nem sequer pretendia um lugar na administração.

Nesse dia, as acções do Benfica-SAD subiram acima dos 60% sobre o valor que tinham na véspera.
Primeira questão: alguém se preocupou em tentar saber quantas acções o senhor José Berardo tinha na véspera e… quantas vendeu nesse dia?

Não. O jornalismo desportivo, apesar de todos os seus defeitos, é ainda alguma coisa de tão ingénuo que custa a acreditar.
E o jornalismo da chamada “Imprensa Séria” anda um bocado a gasóleo… custa a atingir a velocidade de cruzeiro… por isso, na maioria das vezes, vê fugir-lhe as grandes oportunidades de conseguir grandes histórias.
Por isso tantas vezes pega naquilo que – e em relação a isso eu sou TOTALMENTE contra – os “desportivos” deixam cair porque… ah! grande Alerxandre Pais, afinal de contas, mereces aqui uma referência, foste o único capaz de dizer que, cito: “Não podemos morder a mão que nos dá de comer!”
É triste ganharmos a vida a lamber as botas seja de quem for...


Pessoalmente, lamento que um director de um jornal – neste caso, o director de um “desportivo” - reconheça que está prisioneiro do “sistema”, mas ao menos disse-o…

E o José Berardo – se fosse tratá-lo aqui como comendador, teria que referir que, aqui no bairro e tirando aquele gato que por aqui apareceu há uma semana, coxo e evidentemente doente, pois até o pelo lhe cai – só eu ainda não ganhei uma medalha no dia 10 de Junho –, porque as revistas “cor-de-rosa” não lhe dão destaque, o que não deixa de ser um trunfo a favor, pelo menos não é, ou não consta que seja, maricas – e porque os jornais de “referência” se limitam ao noticiário das agendas ditadas diariamente pelos assessores dos ministros, resolveu uma bela manhã investir nos “desportivos”.
Todos morderam o “isco”.

Mas, já ouvi dizer – que por essa experiência, valha-me Belzebu, não quero passar – que a “febre” de uma – ainda que procurada – mediatização é algo incontrolável.

E o homem, experiente – devia dizer mesmo, esperto –, garantido o lugar no palanque, depois das palavras bonitas, aquelas que os tolos gostam de ouvir, num momento de incontineência verbal que, inevitavelmente haveria de acontecer (acontece sempre a quem se vê em cima de um palanque!), vem perorar contra quem? Exactamente contra o nome (de um jogador) que a esmagadora maioria dos detentores de acções do Benfica-SAD tem como referência.

As palavras foram recolhidas depois de uma qualquer festa social em que o champanhe correu a rodos?... Ok. Acredito.
Mas que foi um lindo tiro no pé… ah!, isso foi.
Pobres sapatos, italianos, de certeza.

No meio do “aborregado” seguidismo que hoje pude ler, salvou-se o meu querido João Bonzinho. Nem mais, João!

Deixem-me deixar aqui uma das minhas comparações aparvalhadas.
Um qualquer senhor milhões propõe-se lançar uma OPA sobre Portugal, mas vem logo dizendo que Camões foi um rimista abaixo de organizador de marcha popular, ou que Fernando Pessoa nem poeta foi. Que Nuno Álvares Pereira, mais valia que se tivese reformado, em vez de dirigir as nossas tropas contra os castelhanos ou que Gago Coutinho não passou de um tolo. Esperava 60 anos e fazia a travessia aérea até ao Brasil num qualquer simulador de vôo disponível na Internet.

Eu sei que o dinheiro ainda comanda este mundo, mas a gentalha deste calibre…

Merda!... Quando é que fazem a porcaria de um referendo para nos livrar-mos, de vez, da Madeira e dos madeirenses que se julgam mais espertos que todos os outros?
Independência à Madeira JÁ.
Sem porquês nem senãos.

sábado, 16 de junho de 2007

Em Quem Acreditar?

Enquanto leitor de jornais – antes disso, enquanto cidadão que não abdica do seu direito, consagrado na Constituição de Portugal, à informação – vejo-me numa encruzilhada onde não é fácil escolher o caminho certo.

Nos últimos anos, que já se alargam à última década (pelo menos), as empresas de Comunicação Social, num gesto, que até pode ser positivamente encarado como de sobrevivência, optaram, primeiro, pela redução dos seus quadros; depois, e aqui fala a consciência do cidadão, pelo preenchimento das vagas que, inapelavelmente, ficaram em aberto, com, ou jovens oriundos das sucessivas fornadas de formados pelas Universidades, ou por antigos profissionais “apanhados” exactamente pela tal necessidade de redução de quadros.

No primeiro caso, e na melhor das hipóteses, reforçam – ainda que temporariamente (sempre temporariamente, que o objectivo não mais deixará de ser o da redução dos quadros fixos) – as redacções com uma leva de profissionais a quem está vedado o direito à contestação.

Quando vemos na televisão – o que nos últimos tempos até vem a ser mais ou menos regular – reportagens sobre portugueses que vão ao “engano” trabalhar para o estrangeiro e lá se vêem obrigados a trabalhar de dez a doze horas sem ganharem mais por isso, sem terem tempo para comer e, o pior de tudo, sem terem sequer dinheiro para poderem, primeiro, comer melhor, segundo… mandarem tudo às malvas e regressarem a casa, eu, enquanto cidadão, fecho os olhos e vejo exactamente esta situação como se descrevesse a maioria das redacções das empresas de Comunicação Social… em Portugal.

O que já foi chamado de “quarto poder” hoje não passa de uma caricatura.

Empenhados com compromissos inqualificáveis, “vendidos”, no mais negativo que a expressão tem, aos interesses vigentes e, se a verdade fosse um sexo, perfeitamente assexuados. É a imagem que de repente me vem à cabeça.

Cumpre-se um a agenda ditada por assessores, no caso da política, ou pela nova versão dos velhos “caciques”, no que respeita ao resto.

Felizmente, o meu mal não me roubou capacidade intelectual.

Ainda existo, logo… penso.
É! De facto é a inversão de tudo o que anteriormente aprendemos.

Consumidor compulsivo de jornais, não estou em nada surpreendido com a volta que o mundo da Imprensa levou. Mais ou menos ileterado, o povo nunca deixou de ter razão. Por isso nos últimos anos os jornais chamados “populares” ganharam terreno aos chamados de “referência”.
Ao menos, quando um “24 Horas” ou um “Correio da Manhã” nos enfiam olhos dentro estórias de assassinatos à sacholada, ou crimes passionais… não estão a inventar. Aconteceram mesmo. Trazem fotos de gente com lágrimas; trazem fotos de gente irada… mas aquela gente estava mesmo a chorar e estava mesmo revoltada com os seus pequenos dramas.

Pequeninos à escala nacional, mas dramas.

E os jornais chamados de “referência” viram as suas vendas baixarem em queda livre. Porquê? Porque o povão – sem que esta palavra a use com o propósito depreciativo – não quer mais saber das histórias e estórias congeminadas nos corredores da política. Porque não acredita nos políticos e… é a reflexão que falta fazer, deixou de acreditar nos jornalistas.

Essa do quarto poder… já era!

E acabou quando acabou o real poder dos jornalistas. Porque já o tivemos. E foi exercido e, que se saiba, na maioria das vezes em favor da comunidade. Fez cair políticos, fez mudar políticas… destruiu regimes. Sempre com proveitos tangíveis para a comunidade.

Havia um velho mote que dizia: “se os não podes vencer junta-te a eles”.
Nas últimas décadas isso – também isso – foi adulterado para um bem mais prático: se os não podes vencer… compra-os.

Mas não foram os jornalistas que foram comprados. Também não era preciso.
Compraram-se as empresas e, de um momento para o outro, os verdadeiros jornalistas ficaram sem espaço de manobra. Internamente, em cada empresa, promoveram-se “testas de ferro” que, como cachorros domésticos, alegremente pulam, saltam e vão a correr buscar o osso de plástico que o dono lhes atira para o fundo da sala. E, na volta, ficam sentados a dar ao rabo à espera que lhe atirem o brinquedo outra vez.

Para outra vez o irem buscar.
Tudo por uma festa no lombo.
Talvez um ossito de verdade.
De vez em quando.

Quem não entrar neste jogo não tem hipóteses.

“Não me divertes, não levas prémio…”
O pior é que a esmagadora maioria o não percebe.

Não no sentido de entrar no desditoso jogo, mas que se recuse a ser o joguete do(s) poder(es) instituídos e lute para manter a sua própria dignidade.

O argumento é arrasador.
Não vale a pena lutarmos porque, seja lá como for, o Jornal sai na mesma.
É verdade.

Entretanto, e com esta regressão que aconteceu a nível das redacções, aquilo que foi uma figura – de prestígio, sim senhor – nos anos áureos da imprensa, acabou também por cair na mais suja das lamas. Salvaguardando aqui, como é óbvio, as justas excepções.
Falo dos colaboradores.

No início, os jornais tinham um quadro de redactores fixos exíguo, incapaz, textualmente, de cobrir todos os eventos desportivos. E, quanto mais eclético o jornal se queria, mais necessidade teve de recorrer a colaboradores.

Começou por ser gente acima de quaisquer suspeita. Eram MESMO especialistas. Seccionistas, técnicos, até praticantes de modalidades que, em defesa da própria credibilidade do seu nome, escreviam com a mais insuspeita das honestidades.

Houve grandes jornalistas, colaboradores de grandes jornais que, mesmo sem terem o título profissional o foram muito mais do que alguns dos que o tinham.
Tudo mudou.

Uma das “anedotas” mais correntes nos corredores das redacções é aquela do colaborador que, porque ganhava “à peça”, hoje enviava uma notícia, tão relevante que merecia a sua publicação, para no dia seguinte escrever o seu desmentido. Como os jornais ainda davam algum valor à credibilidade… tinham de publicar e, assim, o colaborador somava dois artigos pagáveis.

Mas, entretanto, entrou-se por outros caminhos.
Com redacções, e na maioria dos casos, enfeudadas ao futebol – porque é a única coisa de que qualquer cidadão percebe e por isso manda “bitaites” – e perfeitamente “analfabetas” no que respeita às restantes modalidades, um colaborador mais esperto pode fazer “render o peixe”.
Descomplicando: pode, à revelia de quem manda, gerir informações e timmings.

E pode fazer-se passar por peça muito mais influente do que aquilo que realmente é.
O que é que há de pernicioso nisto?
É que a verdadeira razão de ser dos jornais, que são os seus leitores, passa para segundo lugar.
E, em alguns casos, esses colaboradores tornam-se peças mais influentes que as próprias chefias das quais, organizacionalmente, estariam dependentes.
Claro que a culpa é destas.


Mas aqui voltamos ao princípio deste “sem-fim” que ameaça misturar tudo.
Quem sabe e quem não sabe, quem é bom e quem é mau, quem merece estar e quem está por “elevados favores” a quem precisa de estar.
E de repente dou comigo capaz de bater a cabeça contra a parede.

Será que o meu velho pai, de setenta anos, tem razão?
Os jornalistas serão mesmo aldrabrões?
Pelo sim, pelo não… há situações em que me abstenho de puxar o assunto à conversa…

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Tragédia (anunciada) em três actos, mais uma cena... triste

1.º Acto – Porque o seu alinhamento está marcado para a hora de jantar, e porque cá em casa se cultiva o velho hábito de “enquanto se come não se fala”, assisti aos dois jogos já disputados pela Selecção Nacional de Sub-21, de futebol, no Europeu da categoria, que decorre na Holanda. Não gostei. E gostei ainda menos das “desculpas” apresentadas.
Os belgas têm na equipa 10 jogadores que já actuaram, pelo menos uma vez, na selecção principal do seu país; entrou-se mal no jogo e só na segunda parte se tentou mudar o rumo dos acontecimentos; quanto ao segundo jogo... os holandeses beneficiaram de um penalti duvidoso (como todos vimos na televisão, o derrube do avançado dos Países Baixos foi mais que evidente); que ficou por marcar um penalti contra os mesmos holandeses… as desculpas do costume.
Estamos habituados.
A verdade é que com um empate e uma derrota, as possibilidades de a Selecção Nacional passar aos quartos-de-final é, neste momento, pouco mais do que uma miragem. Até porque os israelitas venderam cara as derrotas com os mesmos adversários que Portugal defrontou.
Contudo, a entourage lusa na Holanda ainda guardava algumas surpresas.
É incrível a facilidade com que arranjamos justificações quando as coisas não correm bem. Assimir que não jogámos para ganhar... isso é que nunca!
Mas esta foi de “peso”. A necessitarem apenas de empatarem, Bélgica e Holanda estarão a fazer “panelinha” para deixar Portugal de fora dos “quartos”. Isto é, ainda antes de voltarem ao relvado e tentarem, pelo menos tentarem, mostrar o que realmente valem, os nossos jovens já vão acautelando o rol das desculpas com o qual nos brindarão mal se concretize aquilo que nenhum português quereria: o adeus prematuro à competição.
O curioso foi que Hugo Almeida – quem primeiro falou no assunto – veio dizer que o Manuel da Costa teria ouvido que belgas e holandeses iriam dar-se por contentes com o… 0-0.
Mas Hugo Almeida, meio titubeante, ainda acrescentou: “Foi ele que disse, eu não sei, ouvi dizer… não sei.”

2.º Acto – Ontem à noite pudemos assistir a um verdadeiro jogo de futebol, aquele que foi disputado entre Inglaterra e Itália. 2-2 foi o resultado final numa partida da qual as estatísticas nos deram o impressionante número de… 45 remates que levavam o caminho das balizas. Não foram pontapés para as núvens nem a rasar a bandeirola de canto. Iam bem encaminhadas para aqueles 7,32 metros entre os dois postes. Quatro entraram, outras foram defendidas pelos guarda-redes, ainda outras interceptadas por algum defensor.

45 remates à baliza (mesmo à baliza) dá um remate de… dois em dois minutos.
E o que aqueles jovens correram? E como correram.

Não à toa mas com um objectivo perfeitamente bem definido: atacar o último reduto adversário.
E quantas paragens contabilizámos?
Poucas, muito poucas.
Futebol… à inglesa. Mas os italianos não lhes ficaram a trás.
E, com o empate, a Itália corre o risco de não se apurar para a fase seguinte.
Apetece-me escrever aos responsáveis a pedir que não deixem os jovens italianos ficar de fora da prova. Em nome do (bom) futebol.

3.º Acto(Começa com música, um tema dos Rádio Macau…)
“… já tentei mandar pintar o céu em tons de azul
P’ra ser original
Só depois notei que azul já ele é
Houve alguém que teve ideia igual”

Isto porque levantei-me a pensar em escrever este artigo mas, ao folhear A BOLA, vi que o engenheiro José Lello já disto falava na sua crónica semanal. E escreve a maior parte das coisas que eu quereria escrever. A começar pelo título: “Diz que é uma espécie de equipa”.
Exactamente.
Mas escreve mais. “O que seria deste grupo [de jogadores] se, além de mostruário de luxo do futuro, também fosse uma equipa!”
Nem mais.
Somam-se, de facto, neste grupo, o número de “estrelas” e “estrelinhas”, mas cadê a equipa? Onde está o jogo colectivo? Alguém lhes disse que o futebol é para ser jogado colectivamente? Sim? Então que parte não terão entendido?
Eu acho que as duas. Nem jogam, nem são um colectivo.
E lá estamos nós (aqui é impossível ser original) outra vez agarrados à calculadora.

Pergunto-me é… para quê? Mas não ficarei surpreendido se no derradeiro desafio Portugal fizer o que não fez nos dois primeiros. Cumprindo-se esta previsão, lá virá a vitória moral – à qual, confessemos, já estávamos a ficar desabituados.
E quem é que diz ao seleccionador que nestas provas, com este figurino, é fundamental ganhar o primeiro jogo? Qual quê? Até li, antes do jogo, que “um empate com a Bélgica até pode ser um resultado positivo”!...
Quem foi que disse que jogando-se para o empate se corre o sério risco de se perder?

Sensata sentença.
Mas pronto! Preparemos a máquina de calcular.
Contudo, olhando para os “Critérios” de desempate cai-me o queixo e é com dificuldade que consigo voltar a fechar a boca.
Vejamos:
a) resultado do jogo entre ambos;
- Ok…
b) diferença de golos no jogo entre ambos;
- Esperem lá!... Se uma das equipas ganhou, está o caso resolvido. Se empataram… terão marcado os mesmos golos. Certo? Então?...
c) Número de golos marcados no jogo entre ambos;
- Mau!... sendo que, se a primeira alínea não desempatou, se passou então para a segunda, marcaram ou não os mesmos golos num resultado que teria que ser… um empate?
As outras alíneas já são coerentes, mas estas b) e c)… devem ser a tal pitada de comédia que há em todas as peças de tragédia.

A cena triste – Segundo o professor Rui Caçador, Portugal está a ser vítima dos “lobbies” nórdico e pan-germânicos. E com o senhor Marc Batta a nomear os árbitros… Portugal não tem hipóteses. Mas vai mais longe o prof. A equipa de arbitragem (os árbitro, sempre os árbitros) do Holanda-Portugal “não presta, não é séria nem competente”.
Ora aí está. E mais: “Estamos aqui no meio dos lobos…”
E termina o prof com mais uma revelação, terrível esta, e que pode ter decidido o afastamento da nossa Selecção dos quartos-de-final: “Depois há uma coisa terrível que são os blogs, alguns perfeitamente escabrosos, em que qualquer badameco nos pode insultar sem se identificar.”!
Antológica.
Os rapazinhos não correm, não jogam a bola e se calhar agora dá para entender.

Em vez de os estarem a treinar, os técnicos andam a ler… blogs.

terça-feira, 12 de junho de 2007

OTA... rio, Não!

Custa-me assistir, a cada dia que passa, à cada vez menos sustentável defesa da opção-Ota para o novo Aeroporto Internacional de Lisboa.

É que, e parece que a memória dos homens é curta, caíu completamente no esquecimento aquilo que, logo nas primeiras notícias - lá lá vão uns anos, sim senhor - sobre a hipótese-Ota, se arrancou para qualquer coisa parecida à corrida ao ouro, no velho Oeste americano, que vemos nos filmes de cow-boys.

Ninguém - NINGUÉM - se pôs, nestas últimas semanas, a investigar QUEM é que se apressou a comprar os terrenos aos proprietários locais, com a segurança de que o investimento era seguro e valeria interessantissimas mais valias na hora das expropriações.
Mas seria interessante fazer esse exercício jornalístico.

Aliás, não consigo evitar um sorriso com o seu quê de sarcástrico quando leio companheiros do chamado Jornalismo de Referência a criticarem os colegas de profissão na área do Desporto por estes - e é verdade, é sim senhor - não aprofundarem investigações em redor dos "podres", nomeadamente no futebol.

Infelizmente, vivemos numa sociedade sul-americanizada, no pior que este conceito tem.
Mas o pior é que parece que não se pode progredir na profissão de jornalista se se não conseguir estar envolvido em, pelo menos um escândalo. E cada um acha que a obrigação de chafurdar na porcaria pertence ao outro.

Os desportivos - e citando o director de um dos três jornais que diariamente temos nas bancas (é de Lisboa e não tem sede no Bairro Alto) - não estão dispostos a "morder a mão que lhes dá de comer".
Os outros empenham-se em investigações que visam "provar" que o desporto - ou o futebol - está inquinado até à medula, mas parecem ignorar as outras tramóias que se desenvolvem à vista de todos.
Diz o roto ao nú...

A Ota não é a pior das opções para a localização do novo Aeroporto Internacional de Lisboa. Prevalecendo o bom senso, não era sequer hipótese.
E insisto, que os camaradas da Imprensa de Referência se dêem ao trabalho de tentar saber quem é que hoje é proprietário dos terrenos que vão ter de ser expropriados. E desde quando são eles os proprietários. E cruzem os dados.
Garanto que as surpresas serão muitas...
E explicará muita da renitência deste Governo PS em abandonar a ideia da Ota.