domingo, 27 de novembro de 2011

E Vergonha? Não Há?!...

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Nota: Isto é apenas um exercício de encenação de uma (má) rábula para uma hipotética comédia que faria rir muita gente no, infelizmente, já 'morto' Parque Mayer. Mas pode ser que daqui nasça alguma inspiração. Não cobro direitos de autor.

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CENA.1
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[ouve-se o som de um telefone, daqueles à moda antiga]

Alguém atende.

- Está lá?
- Sim, quem fala?
- É o Senhor Doutor Bruno de Carvalho?
- Sim, sou eu próprio...
- Desculpe Senhor Doutor, queira desculpar, não é nossa intensão incomodar, aqui é ..... - [um ruído, na ligação, não deixa perceber quem é que ligou] - mas recebemos um comunicado assinado pelo Senhor Doutor a propósito dos incidentes do jogo de sábado... Lemos todos os jornais e nenhum falou da sua presença ...
- Mas eu vi! Vi crianças a serem espezinhadas, vi senhoras e senhores sem conseguirem respirar com os empurrões da polícia...
- Crianças a serem espezinhadas Senhor Doutor? Que horror! E para que Hospital foram conduzidas? E como estarão agora? É que não temos registo de criancinhas a serem espezinhadas...
- Vocês não sabem nada. Foi, como disse, um horror!
- Mas... espezinhadas... por quem?
- CRIANÇAS ESPEZINHADAS! Interessa lá por quem!
- Mas...
- Mais, vi pessoas a apanhar bastonadas e pontapés apenas porque estavam ali...
- Pois, se não estivessem ali...
- Mas você a está a gozar-me?
- Não, não, não Senhor Doutor... Nunca... Desculpe.
- Eu próprio quase ia sendo agredido à bastonada por três vezes...
- Credo, Senhor Doutor!... Claro que houve testemunhas...
- Testemunhas aqui servem pra que raio? Se eu disse em comunicado...
- Claro, claro Senhor Doutor. Teve muita sorte. QUASE que ia sendo apanhado e logo por três vezes...
- É um fio de ouro com a imagem de Nossa Senhora de Alvalade que me protege.
- Nossa Senhora de Alvalade?!
- Ou do Campo Grande, sei lá... Mas protege-me.
- O Senhor Doutor sabe... recebemos o seu comunicado, diz que houve crianças espezinhadas... Peço muita desculpa, mas o Senhor Doutor compreenderá... quer dizer... era mesmo bom para dar força ao seu comunicado que nós... humm... peço desculpa pelo atrevimento, podermos confirmar isso. Quem as socorreu? a Cruz Vermelha? ? O INEM?...
- Mas vocês são parvos? ... Impediram que as pessoas vissem o jogo desde o início com o conforto que merecem...
- Mas houve mesmo criancinhas espezinhadas?
- Está no comunicado, não está? E a entrada foi caótica e digna do terceiro Mundo.

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CENA.2
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[ouve-se o som de um telefone, daqueles à moda antiga]

Alguém atende.
- Está lá?
- Sim, quem fala?
- É o Senhor Doutor Paulo Cristóvão?
- Sim, sou eu próprio...
- Desculpe Senhor Doutor, queira desculpar, não é nossa intensão incomodar, aqui é ..... - [um ruído, na ligação, não deixa perceber quem é que ligou] - era sobre o jogo se Sábado...
- Sim senhor, como vice-presidente do Sporting manda-me a consciência que denuncie as condições pré-históricas e a sobrelotação da bancada destinada aos adeptos do Sporting. Mais, não se compreende como havia apenas cinco pessoas a revistar quatro mil.
[A pergunta que ninguém fez!...]
- Mas Senhor Doutor... o Estádio leva 65 mil pessoas. Em proporção, haveria 80 pessoas a fazer revistas. Não são só os adeptos visitantes que são revistados... E o Sporting só tinha 3500 ingressos, quer o Senhor Doutor dizer que o Sporting tentou meter no Estádio 500 adeptos a mais? Então porque se queixa de estarem apertados? E não estavam apertados porque, colocados no 3.º anel, os que tinham lugares mais acima desceram para ficarem mais perto?
- Isso é desconversar. A verdade é que se nos tivessem disponibilizado 20 mil bilhetes...
- Mas o Sporting ainda devolveu quase 40 dos 3 mil e tal que lhe foram distribuídos...
- Você sabe que eu já fui da Judiciária? Quer experimentar um apertão? O que eu digo é que, ao contrário de outros, somos pessoas de bem, educadas e civilizadas...
- Mas queimaram mais de um milhar de cadeiras e, como havia a rede não há sequer hipótese de dúvidas... ali só havia...
- Sabe que mais? Acho que você está a pedi-las. Como sabe eu costumo beber uma cervejolas ca malta das claques. É só descobrir onde mora...

pipipipipipipipipiiiii
[desligaram o telefone]

CENA.3
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[ouve-se o som de um telefone, daqueles à moda antiga]

Alguém atende.
- Está lá?
- Sim, quem fala?
- É o Senhor Doutor Godinho Lopes?
- Sim, sou eu próprio...
- Desculpe Senhor Doutor, queira desculpar, não é nossa intensão incomodar, aqui é ..... - [um ruído, na ligação, não deixa perceber quem é que ligou] - era sobre o jogo se Sábado...

- Sobre isso não adianto mais do que o que saiu no meu comunicado...
- Chato, não foi Senhor Doutor? Adoentado e obrigado a assinar um comunicado às 2 horas da madrugada quando, provavelmente até já dormia... Só para sustentar aquilo que um dos seus vice-presidentes disse a quente...
- Isso foi porque as cadeiras estavam a arder...
- Ah!...
- O que foi? Não me entendeu bem. O Sporting Clube de Portugal não se revê nos danos causados após o jogo e igualmente condena o facto de, ainda nessa mesma noite ter sido atirado um very-light para a cobertura do nosso Estádio...
[pergunta que não foi feita por ninguém]
- Mesmo? E, claro que funcionários do Sporting, ou ainda melhor, elementos dos bombeiros ou da polícia judiciária subiram à cobertura e têm, em sua posse, a prova do crime... Porque é crime, tal como o foi o incêndio que os seus dedicados associados prepertaram na Luz. Verdade?
pipipipipipipipipipipi
[desligaram o telefone]

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Pobre Hilário, o Que Fizeram os Teus Amigos?!!!

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Caramba, não dou pelo tempo que passa, mas ele passa.

Não vou gastar muita tinta - agora - com este tema.

Há para aí três semanas, em entrevista ao Expresso, na sua cândida honestidade, o Rei Eusébio afirmou que nunca gostou do Sporting DE LOURENÇO MARQUES, porque este era um clube de elites, da polícia e, ainda por cima racista.

Estamos a falar do início dos anos 60 do Século passado, quando o SENHOR EUSÉBIO ainda nem tinha 18 anos e ainda morava no subúrbio de Mafafala (e não 'Mafalda', como o 'grande' Expresso excreveu!)...

Contou a sua história da vinda para a... Metrópole. Confesso que já li tantas versões diferentes que, desculpe SENHOR EUSÉBIO, já nem na sua acredito!

Mas foi uma entrevista que deveria ter sido feita por alguém com... 'bagagem'.
Não o foi.
Eusébio não o merecia.
Não merecia que as suas falhas de memória não encontrassem, no entrevistador, almofada de confiança.

Mas isto foi há praí três semanas, pelo menos. É o tempo que eu levo a deitar fora os jornais e revistas - ou então deito fora a cama e durmo em cima deles - e hoje já não a encontrei.

Contudo, está bem, estamos em semana de derby - mas não vale tudo! -, o pasquim que dá pelo nome de Jornal do Sporting, não sei pela pena de quem, mas deve ser tão inteligente como o 'emplastro' que nos entra casa dentro sempre que adivinha por perto - agora refinou-se e já aparece, seja em Aveiro ou no Campus da Justiça, em Lisboa - uma câmara de televisão, a transmitir em directo - resolveu 'queimar' ma praça pública o bom do Hilário, que não deixarei de admirar porque sei ter sido traído, ou por um holligan qualquer, ou por um pobre diabo com 22 anos, agora saído da Faculdade e a quem chamam jornalista!

O Hilário, figura grande, das maiores do Sporting e do Futebol Português não merecia esta traição. Porque EU NÃO ACREDITO que ele tenha dito o que querem que nós acreditemos que ele disse.
NÃO ACREDITO!

E, quanto ao elitismo, segregacionismo (da boca do Hilário tiraram as palavras de que, e cito: 'Fui o primeiro negro a jogar pelo SLM'. Mas omitiram que isso aconteceu... 40 anos depois da fundação do clube!) e colagem à polícia, tal como o SENHOR EUSÉBIO referiu.

Leiam o texto da Leonor Pinhão.

Eu nada mais tenho a acrescentar a não ser... 'queimaram' um Homem bom, o HILÁRIO!

Já não me admira que esta gente que não se quer sentar na tribuna presidencial da Luz. Se calhar porque tem lá construtores civis (e não o seu 'patrão', o Soares Franco) e, pior que isso... pretos! Que horror!

Mas os 'Condes, Duques e Barões' Não se Enxergam?

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A História não se apaga!
O Sporting Clube de Portugal - que me merece o mesmo tipo de respeito qu qualquer outro emblema do universo desportivo de Portugal - FOI fundado por, e nele acolheu previlegiadamente, gente do mais alto extrato social, à época.
Leia-se a História.

Ainda hoje, apesar de ser o segundo clube no nosso país com mais adeptos, naturalmente, com a maioria vinda da 'horrível' plebe, quem pulula pelos corredores do poder, quem manda, continuam a ser os mais elitistas.

Eles são os que, mesmo não os usando, têm, e disso tiram partido, títulos nobiliásticos, seguidos por uma 'corte' de doutores e engenheiros que se estão nas tintas - note-se como a 'escumalha' foi afastada das grandes decisões, ao perder o lugar nas Assembleias-gerais do Clube e a não terem, sequer, acesso à 'escadaria' que leva à SAD que, de facto manda no emblema - o que ninguém ignora e basta dizer que, aquando do 'apelo' para que todos aparecessem vestidos de verde no último jogo, contra o Sp. Braga, se fez piada sobre o esgotamento do stock de polos verdes nas lojas da Timberland!

Não passam de fidalgos, ou deles descendentes - mais a tal corte de doutores e engenheiros - falidos. Obrigados a trabalhar ainda que, sempre com um lugarzinho em qualquer direcção, seja da associação das empresas de construção cívil, seja num qualquer banco. Desde que tenham um escritório privativo e um cadeirão forrado a pele.

E até mesmo quem, não há muito tempo - foi quando da Expo'1998 - alugou meia dúzia de paquetes, os ancorou junto à Doca dos Olivais, os encheu de ocupantes, fazendo-os substituir-se aos hoteis de Lisboa, e depois tivesse declarado prejuízos quanse inquantificáveis (quando os teve sempre cheios/por onde se terá sumido o dinheiro?) - voltou à ribalta e, hoje, pretende ser mais papista que o papa.

Para trás ficou, lamento-o, mas é esta a imagem, dos... 'leões'.
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Porque agora será bem mais fácil de perceber os seus 'amoques'!

Resolveu o SL Benfica, à imagem daquilo que já acontece em mais de uma dúzia dos melhores estádios - das melhores equipas - por essa Europa fora, criar (não lhe vou chamar 'zona de conforto) uma zona de SEGURANÇA que impeça as turbas/claques acompanhantes do adversário de fazer a vida negra aos seus associados que, por um motivo ou outro, não puderam comprar lugares bem longe das zonas que o clube da casa tem, obrigatoriamente, que ceder ao visitante.

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E o que fez? Nada de novo! Nada que não se veja por essa Europa fora... (o Sporting anda por lá, não anda? Ah! Está só na Liga Europa, ok... Mas não serve de desculpa).

Existe um regulamento, que o Sporting, por acaso, cumpriu escrupulosamente a época passada, que obriga o clube anfitrião a ceder 5% da lotação do seu recinto para os adeptos adversários.

O Benfica fez contas, definiu onde ficariam os 3500 adeptos adversários, em cada jogo e resolveu proteger os SEUS adeptos - embora eu aceite que o inverso também terá de ser considerado - e, sem retirar um átomo à beleza do estádio definiu, fisicamente (com duas, que podem ser três redes - a terceira está lá e poderá ser usada sempre que seja considerado necessário, 'caindo' do topo do 3.º anel e, impossibilitando, assim, o arremesso de seja o que dor, quer para o relvado, quer para as bancadas abaixo) onde vão ficar SEMPRE os adeptos dos clubes visitantes.

Quem é que vê algum mal nisto? Aliás, não estou a ver os sportinguistas a fazerem birra por causa do local onde, quando chegarem a esse nível, os seus adeptos serem... 'enjaulados' no Estádio de Munique!

Uma vez mais, o Benfica saiu na frente. Para o ano, Alvalade, Dragão, Axa, D. Afonso Henriques (mais nenhum tem condições para o fazer) terão este mesmo espaço delimitado e protegido.
E o Sporting, ou os seus responsáveis, sabem-o.

Então porquê este melindre todo por o espaço, na Luz, ser inaugurado frente ao Sporting? Porque tem que ser inaugurado e tem que ser posto à prova. O Benfica fez um investimento que não lhe saiu barato, ia esperar 15 dias para o testar quando, nesse mesmo espaço não vão, de certeza, estar mais do que trinta ou quarenta pessoas? O adversério é o Rio Ave.

É este jogo, com o Sporting, o indicado para se testar a funcionalidade da nova estrutura e não me venham com premeditações.

Sem querer, alguém do Sporting deixou escapar entre dentes uma 'preocupação': os seus apaniguados, gente séria, dente boa, que leva os filhos aos estádios, desta forma ficam 'encurralados' junto às bestas que se autoproclamam claques de apoio; e, em caso de descontrolo, serão os primeiros a ser, mais do que importunados, maltratados. Mas isso é problema do Sporting, neste caso. E dos futuros visitantes da Luz. Querem ter apoio? As suas claques/vagabundos/criminosos não deixam os sócios a sério ver os jogos em paz? Estes vão deixar de acompanhar a equipa. Mas que tem o Benfica a ver com isso?

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Mas Que Grande Tiro no Pé!... (Não Havia Necessidade)

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Não passaram ainda cinco minutos desde que, consultando a minha caixa de correio deparei com algo que, do fundo do meu ser, jamais teria admitido poder encontrar. Fiquei siderado e ainda me custa a acreditar. Juro-vos. A todos, incluindo aos Companheiros que já decidiram em relação a amanhã. Da Greve Geral!

Curiosamente, num outro espaço, nos dois últimos dias tenho vindo a discutir com um Amigo a importância dos sindicatos. Estamos, com a maior das urbanidades, saliente-se, em desacordo.

Mas o que não posso aceitar é esta mensagem que acabo de ler. Sou associado, vai para duas décadas, do Sindicato dos Jornalistas mas NÃO ACEITO 'recadinhos' dados atrás da orelha! E acho que foi um tremendo (e desnecessário) tiro no pé!
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Os tempos mudaram e, hoje em dia e apesar de, uma vez por outra acontecerem greves com número de adesões a não desprezar, também temos que admitir que há muito menos gente sindicalizada - o que significa menor 'poder' dos sindicatos - do que quando eu comecei a trabalhar, em 1977 (é verdade, já lá vão 33 anos!).

Comecei por baixo, digo-o com orgulho mas não com soberba. Não quero melindrar ninguém que, com melhores capacidades financeiras dos pais pode, em 1977, repito, prosseguir os seus estudos o que, na altura era entrar directamente na Universidade. Eu tinha notas para isso, mas notas escolares. Os meus pais não tinham as outras, que lhes permitissem abdicar de mais um par de braços a trabalhar para a família, até porque, sendo o mais velho, não sou filho único.

Comecei a trabalhar com 17 anos e o antigo 7.º ano dos Liceus completo e com notas que me permitiriam seguir, de imediato, em frente. Não foi possível e, aos 17 anos também não conseguia mais do que empregos temporários. Não era legal. Mas os 18 estavam à porta e, no mesmo ano de 1977 entrei, directamente como efectivo - velhos tempos! - para uma das então muitas, mesmo muitas empresas aqui da zona onde moro e logo me fiz sócio do sindicato. O mais forte, à altura. Qual TAP, qual maquinistas da CP? Naquela altura, com empresas como a Mague, a Lisnave, a Setnave, a Feiteira, a Tramagal... os Metalúrgicos ditavam a 'ordem'.

Aderi voluntariamente, mesmo que admita que todos eram 'convidados' a aderir e 'não' era resposta errada. Mas também não eram despedidos por isso. Vivi a cisão, com o aparecimento da UGT pró-socialista e de uma outra central que se diluiu e que era afecta ao PPD.
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Dez anos mais tarde, e depois de já ter que cumprir os novos 'obstáculos' criados para que se chegasse à Universidade, cheguei ao Jornalismo. Não havia ainda cursos de Comunicação Social e as redacções eram alimentadas por quem vinha de Direito e, sobretudo, de Letras. O meu caso. Já não era um puto, tinha 26, quase 27 anos, mas consegui integrar a redacção de um semanário que há muito se extinguiu. Conseguida a Carteira Profissional - tenho uma outra, numa especialidade da metalúrgia, e no seu nível mais alto - logo tratei de me inscrever no Sindicato, na Casa da Imprensa, no CNID...

Tinha conseguido cumprir o meu sonho, ser Jornalista. Foi quase como que a 'agradecer' a toda a gente. E, uma vez mais, ninguém me obrigou a sindicalizar-me, até porque o jornal onde comecei a dar os primeiros passos era claramente de direita, dirigido por Nuno Rocha, que se destacou por defender a anexação de Timor pela Indonésia.

Isso não me preocupou, muito menos me amedrontou. Aderi ao Sindicato dos Jornalistas e não me passa pela cabeça deixar dele ser associado.
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O que é que me ofendeu, afinal de contas?

O SJ, por iniciativa - sublinho, infeliz - não sei de quem, resolveu enviar aos seus associados uma pequena 'cartilha' do que fazer amanhã.

Sem pretender diminuir - muito longe disso, e peço a todos que me entendam - ninguém, o SJ parece que se esqueceu que está a lidar com... Jornalistas! Ok. Cada vez - é a minha opinião, e como em tantas outras dela não abdico - ser 'jornalista' está mais fácil do que ser cortador de carnes em qualquer talho. Porque é preciso saber usar as ferramentas correctas.

Ok, cada vez está mais difícil ser jornalista porque as empresas de CS aceitam tudo o que - de borla - as faculdades lhes disponibilizam, e abusam criminosamente disso para 'queimar' jovens que não têm culpa de não serem jornalistas, apesar do diploma universitário, mas que trabalhando três meses de borla dá para 'encostar' os verdadeiros jornalistas que caíram em desgraça. E ao fim desses três meses, mesmo que algum jovem se destaque - e há alguns que o fazem - vai tudo prá 'lixeira' e vêm mais cinco ou seis que nada sabem. E os ciclos sucedem-se. E o nosso Jornalismo é, hoje em dia, disso reflexo.

Mas estes jovens não têm culpa nenhuma e nem sequer chegam a ter tempo a sindicalizar-se. E o Sindicato, manda a verdade que se diga, aparece numa situação de quem assobia para o lado...

Então o 'recado' que o SJ me enviou para a minha caixa de correio... era mesmo para mim?
Erro crasso!
Não sou de receber 'recadinhos' e, tendo em conta a precabilidade dos Colegas mais jovens, afinal este 'recado' só pode ser para os mais velhos, para os veteranos, onde me incluio. Aí renego qualquer possibilidade de ser influenciado.

Não aceito receber 'ordens' - mesmo travestidas de 'recomendações' - seja de quem for.

Eu faria greve. Em consciência.
Mas que cabecinha (que não está boa) 'pariu' aquilo de ir em transporte próprio - para evitar o uso dos transportes públicos (eu não tenho transporte próprio)?...
... de levar comida de casa - para não ir comer uma sandes ao café da esquina?...
... para atestar o depósito ainda hoje - para não haver funcionários das estações de serviço com trabalho amanhã? Que terá o SJ a ver com isso?

Repito, EU faria greve amanhã. Mas avisaria, sim, os meus superiores que iria fazer greve. Por uma questão de funcionalidade do serviço. Não os ia deixar a pensar que eu poderia aparecer para trabalhar e depois, não comparecendo, sobrecarregar um Companheiro que, também ele em consciência, tivesse decidido não fazer greve, ter de, sem contar com isso, trabalhar a dobrar.

A Greve é um Direito que me assiste.
Por enquanto é possível fazer greve e são os sindicatos que a podem decretar.
Mas que não vão além disso...
NÃO ME DIGAM O QUE TENHO QUE FAZER!

sábado, 5 de novembro de 2011

Terrorismo da Igreja

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Saiu hoje no Correio da Manhã.



O santuário de Fátima, cujo NEGÓCIO DE VENDER SANTINHOS (para além de servir de receptor de volumosos donativos de quem acha que 'acredita' - mas aqui não faço juízos de valor), gere, actualmente, mais dinheiro do que qualquer banco...



... sem que o país, ao abrigo de uma negociata, opssss!... queria dizer... concordata, com o Vaticano a versão low-profile das várias mafias internacionais (e já matou para se 'defender' mais vezes do que aquelas que a maioria de nós sabemos), dizia, sem que o País receba ponta de corno de impostos...



... o santuário de Fátima levou a Tribunal uma idosa que dedicou toda a sua vida à causa que, todos supunhamos, seria a mesma da igreja.



Há meia dúzia de anos foi contruída no santuário uma nova catedral que custou mais do que o TGV (que eu não quero para nada, sublinho), mas agora levou a Tribunal uma idosa, de 80 anos, sem meios para sobreviver - e que, repito, dedicou toda a sua vida a uma causa (supostamente) na órbita da igreja - por estar a ocupar, pasme-se, um ANEXO de uma casa que lhe foi deixada em testamento. A casa está disponível. A pobrezinha está a ocupar... um anexo!



Ao qual, por ordem do Tribunal - leia-se Sistema de Justiça Nacional - já foi cortada a luz e a água!



Eu, a isto, chamo TERRORISMO SOCIAL! E praticado pela igreja!...