sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Haja Quem Tenha Coragem!

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Sempre fui a favor do Voto de braço no ar.
Quem não tem Coragem para assumir o que quer... não merece Respeito.

Passemos a Votar Nominalmente!
Quem tem medo disso?
E quem Votou em quem nos Enterra terá que ser igualmente responsabilizado...

Quem, despudoradamente, deu o seu voto de confiança a este 'engenheiro' proveta, independentemente do estrato social, das condições económicas, dos ser 'tachado' ou não...

Percebem?
Alguém tem que ser responsabilizado.
Porquê eu? que não quis, não quero, nem nunca quererei o homenzinho naquele lugar?
Porque hão-de TODOS os portugueses pagar pela escolha de menos de metade de nós?

Anti-democrata eu?
Mas a porra da democracia é todos pagarem por aquilo que nem metade de nós quis?

Mas É Que Ninguém o Pode Negar!...

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«Até Salazar pagava o abono de família»

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Não o Podemos Ignorar

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O título deste 'post' leva o nome do Blog porque não creio, em consciência, que outro lhe assentasse melhor.

Li - e esperei pela versão das duas partes - que hoje um Jornalista, um companheiro de lides (que não conheço, porque não podia conhecer, uma vez que ele está na Madeira) foi, cito... «agredido pelo presidente do Marítimo, Carlos Pereira».



Li, no Diário de Notícias da Madeira, a sua versão; li o Comunicado do Sindicato dos Jornalistas e uma (difícil de entender) posição do Partido Socialista-M.
Depois, li o Comunicado da SAD maritimista.

Sabendo, por dever de ofício, que a vida de quem trabalha para o DN-M, não está (há muitos anos) facilitada... enquadrando os acontecimentos, mesmo que me custe a crer - e estou a ser sincero porque por ele tenho alguma consideração - que o presidente do Marítimo possa ter descido a tão baixo nível, torço, naturalmente, o nariz ao conteúdo do Comunicado da SAD do clube verde-rubro.

Que vai para além da insinuação. Propõe mesmo que a foto do jornalista agredido não seja... dele, ou então que se trata de uma fotomontagem.
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E, de repente, fico com, num prato da balança uma atitude impensada e reprovável do senhor Carlos Pereira e, no outro, uma atitude, esta já pensada, todavia mais reprovável ainda, de um Jornal 'inventar' uma notícia de uma agressão a um jornalista seu.

É evidente que não tenho qualquer dúvida sobre quem está a falar verdade. Mas não vou cruxificar o presidente do Marítimo embora apoie a sua condenação no único local adequado, os Tribunais.
Até porque há testemunhas.

O que me arrepia é que, apesar de haver testemunhas, o senhor Carlos Pereira, escudado no facto de ser presidente do Marítimo que, por sua vez está escudado por ser o clube do 'regime' dessa oligarquia estranhamente permitida, desde sempre, pelos diversos governos centrais do nosso país e que faz o que muito bem lhe aprouver, ter tido a 'lata' de insinuar que a foto (que reproduzo e podem ver na net, no sítio do Diário de Noticias da Madeira... seja falsa ou fotomontagem (esta parte ignorem por ser ridícula, mas ajuda a perceber o sentido de imunidade que quem redigiu o Comunicado julga que tem)...

O que me arrepia é que, o senhor Carlos Pereira - tenha ou não, tido interveniência no teor do Cominicado, SABE que nenhum outro Órgão de Comunicação Social madeirense se atreverá a pô-lo em causa e, se não ignorarem pura e simplesmente o acontecido, porão a posição do clube do inqualificável Jardim à frente de qualquer outra.

É uma situação difícil para os meus colegas madeirenses!...
Que lhes pode valer, de imediato, o emprego e, depois, sabe-se lá o quê numa Região em que os empregos que não dependem directamente do Governo Regional seriam em empresas que... directamente dele dependem.

Isto é, não há saída enquanto o Bukassa branco, que ocupa a Quinta da Vigia mandar.
E vai mandar até morrer (que é coisa que não desejo a ninguém), mesmo que teatralmente 'retirado' - porque não há quem o afaste - do governo da Região.

Ponho-me no lugar deles, dos meus colegas Jornalistas a trabalhar na Madeira e... compreendo-os.

Mas não posso deixar passar em claro mais uma situação da qual a Birmânia (seja lá qual for o nome que definam para o país), a China, o Sudão ou Cuba, sim a Cuba dos Castros, não desdenhariam em tomar.

Um abraço Solidário para o Marco Freitas, sabendo que será só isso que ele vai poder receber.

Quanto aos outros Órgãos de Comunicação Social sedeados na Madeira, para receberem 'engraçada' fatia dos impostos que EU pago... aposto que vão silenciar o caso.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Obviamente... demitia-os!

Não tive tempo para ver o jogo Espanha-Portugal. Primeiro o trabalho que, de uma coisa 'aventesma' nenhuma me poderá jamais acusar: de não cumprir à risca aquilo que me é pedido e, enquanto não estiver pronto... não há espaço para 'intervalos'.

Dita a arrumação da sala onde fica o meu posto de trabalho que eu seja o que mais próximo está do receptor de televisão, mas também o único que não consegue ver o ecrã pois o aparelho está a meu lado, do meu lado direito, mas avançado cerca de 40 cm. Esticando-me ainda posso ver as repetições... Ok, se for golo levanto-me e ganho posição...

Mas hoje, exactamente à hora que o jogo começou, chegou-me o serviço da nossa correspondente no Funchal que eu tinha que 'aparar' e fazer encaixar nos espaços previamente definidos quando da maquetagem da página. Era uma página inteira... Acabei quando o jogo acabou...

Vi o golo dos espanhóis, na repetição, não vi nenhuma das - iam-me dizendo - defesas 'impossíveis' do Eduardo mas, por exemplo ao cartão vermelho ao Ricardo Costa não liguei nenhum...

Não vejo, mas ouço a narração e os comentários... e, perante o 'onze' escalonado e o desenrolar daqueles, mesmo que tenha estado muito mais concentrado no trabalho do que no jogo, fui percebendo algumas situações. Doutras tiro as minhas próprias ilações...

Portugal não era. de facto, a melhor selecção deste Mundial, mas creio que cabia nas oito que seguem em frente. Não vou falar do capricho dos sorteios - não fomos primeiros no nosso grupo pela mesmíssima razão porque hoje fomos eliminados, e aí teríamos evitado a Espanha -, nem de arbitragens nem nada disso...

Disseram-me há pouco, cheguei agora, liguei o PC e nem sequer li ainda o que está on-line, que, perante uma pergunta do género «o que é que aconteceu», feita a Cristiano Ronaldo, este terá respondido: «Perguntem ao Carlos Queiroz.»

É disso que fico à espera, é que alguém tenha perguntado a Carlos Queiroz o que aconteceu e que amanhã, seja em que jornal for, possa ler a resposta.

E eu, que nem sou nada do género de apontar o dedo a ninguém, escrevo-o aqui... não foi Portugal que foi eliminado, foi o Carlos Queiroz. Quantas vezes dizemos que, sem ovos não se fazem omeletes? Mas Portugal tinha «ovos», se ficou por aqui foi porque o cozinheiro não as sabe fazer...

Uma equipa, num jogo 'mata-mata', como diria o Scolari - de que sempre fui fã, confesso-o - não pode ser montada à medida dos medos de um treinador. Treinador?

Repito-me, não foi a Selecção - mesmo esta, meio enviesada escolhida pelo professor de educação física que teve um dia a sorte de comandar um grupo de miúdos que eram, literalmente, de outro Mundo e por isso foram Campeões mundiais por duas vezes consecutivas - que foi eliminada, foi o Prof. E quem o escolheu.

Por isso, se fosse eu a mandar, obviamente, mal pisassem de novo solo nacional os demitia a ambos.

(Acrescentado a 30 de Junho, pelas 23 horas)
--> Não digo genial, até porque estaria a ser redundante tratando-se de um excerto de um poema do, ele sim, genial, Luis Vaz de Camões, mas muito bem 'apanhado' pelo Correio da Manhã na rubrica ACIMA/ABAIXO que faz publicar diariamente na sua 2.ª página...

ABAIXO... o seleccionador nacional, com este 'argumento':
Camões escreveu que "fraco Rei faz fraca a forte Gente"
... que melhor imagem poderia ter sido encontrada, que raiva não ter sido eu a lembrar-me!

Ah!, o ACIMA foi dedicado ao Eduardo que (consegui a proeza de ainda não ver nem um resuminho do jogo) por todas as crónicas que li esteve Enorme...

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Mário Crespo, Censurado, Deixa Colaboração com o JN


O jornalista Mário Crespo que, vai fazer 15 dias concedeu uma extensa, lúcida e mui interessante entrevista, se não estou em erro à Tabu, revista do semanário Sol - não vai mais escrever a sua coluna de opinião para o Jornal de Notícias (JN).

Sendo, entre nós, o pivot de telejornais mais velho, em idade, aflora a possibilidade de, se não for forçada antes, a idade da reforma há-de chegar, e confessava que só queria que um jornal continuasse a albergar as suas crónicas. Escrevia-as no JN... Foi corrido.
Porquê? Vão já ficar a saber, os que ainda o não sabem.

De acordo com o Jornal de Negócios, a ruptura deu-se depois de o jornalista ter sido informado pelo director do jornal, José Leite Pereira, à meia-noite [de domingo para segunda] , de que o seu texto não sairia hoje na publicação.

A crónica em causa fazia referência a conversas mantidas entre José Sócrates, o ministro da Presidência, Silva Pereira, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de media que referiam Mário Crespo como «mais um problema a resolver».

O texto, que acabou por ser publicado no site do Instituto Francisco Sá Carneiro, faz ainda duras críticas ao poder do governo sobre os media.

O jornalista adiantou que no próximo dia 11 a editora Aletheia, de Zita Seabra, irá publicar um livro intitulado “A Última Crónica”, que arrancará com o texto na origem da polémica.
O livro vai conter, ainda, outras crónicas publicadas pelo autor no JN e no Expresso.



A crónica de Mário Crespo
que deveria ter sido hoje
publicada no Jornal de Notícias


O Fim da Linha
Mário Crespo

Terça-feira dia 26 de Janeiro. Dia de Orçamento. O Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa.

Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil ("um louco") a necessitar de ("ir para o manicómio"). Fui descrito como "um profissional impreparado".

Que injustiça.

Eu, que dei aulas na Independente.
A defunta alma mater de tanto saber em Portugal.

Definiram-me como "um problema" que teria que ter "solução".


Houve, no restaurante, quem ficasse incomodado com a conversa e me tivesse feito chegar um registo.
É fidedigno. Confirmei-o.

Uma das minhas fontes para o aval da legitimidade do episódio comentou (por escrito):

"(...) o PM tem qualidades e defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre (...)".

É banal um jornalista cair no desagrado do poder. Há um grau de adversidade que é essencial para fazer funcionar o sistema de colheita, retrato e análise da informação que circula num Estado. Sem essa dialéctica só há monólogos. Sem esse confronto só há Yes-Men cabeceando em redor de líderes do momento dizendo yes-coisas, seja qual for o absurdo que sejam chamados a validar. Sem contraditório os líderes ficam sem saber quem são, no meio das realidades construídas pelos bajuladores pagos.

Isto é mau para qualquer sociedade.
Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta.
Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados.

Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência.
Os críticos passam a ser "um problema" que exige "solução".

Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre.
Em 2010 o Primeiro-ministro já não tem tantos "problemas" nos media como tinha em 2009.

O "problema" Manuela Moura Guedes desapareceu.
O problema José Eduardo Moniz foi "solucionado".
O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser "um problema".
Foi-se o "problema" que era o Director do Público.
Agora, que o "problema" Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais "um problema que tem que ser solucionado".

Eu.
Que pervertido sentido de Estado. Que perigosa palhaçada.


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O Mário Crespo foi meu Director n'A Capital. Considero-o o melhor pivot de todos os telejornais e de todas as televisões, o único português que poderia - salvaguardando as devidas distâncias - igualar-se aos influentíssimos pivots estadunidenses, com esta ressalva: soube sempre ser isento.

Bem formado, bem informado, dono de uma serenidade que não raro falta a outros colegas - não entra em histerismos quando a notícia é de uma catástrofe, natural, ou provocada pelo bicho homem; não é paternalista, ao jeito dos bajuladores e é capaz de manter-se firme mesmo em diálogos impossíveis com figuras que fizeram a tropa na messe, chegaram a majores mas berram, em qualquer lugar, como qualquer sargento 'chico' no tempo da outra senhora berrava para os amedrontados mancebos.

Quem não se recorda do 'major' Valentim Loureiro perder as estribeiras numa entrevista em directo, no Jornal das 9, na SICNotícias, aqui há alguns anos, quando Mário Crespo foi ele mesmo e, para desespero do outro, não deixou de insistir na pergunta cuja resposta todos sabíamos, mas que Valentim Loureiro, por mais 'valentão' que seja, não teve a coragem de dar.

(ver aqui)

Mas este artigo, que hoje correu Mundo (o do caso do Mário Crespo, não estes meus gatafunhos), serve para, uma vez mais, alertar, avisar, chamar a atenção de todos:

Estamos, em quase todos os sectores da Sociedade Portuguesa, à beira do abismo e são os nossos próprios governantes (!!!!????!!!!) que estão danadinhos para dar o tal passo em frente.

Pobres de nós!...

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Não Sei se Rir Se Chorar


À medida que os anos passam, confesso, fico menos sociável.

Somam-se-me os exemplos de falta de camaradagem, de falta de amizade, de falta... de tudo.

Tempos houve em que defendi ideais, hoje estou 'seco'.
Já não acredito em nada.

Sinto-me a mais, nesta Sociedade. Dizendo-o de outra forma: não encontro lugar onde me encaixe...

Um exemplo: hoje... que já foi ontem, um enorme bando de ricaços juntaram-se para se divertirem um bocadinho autorgando-se como figuras solidárias para com as vítimas do sismo que arrasou a capital do Haiti.

Subiram ao relvado da Luz para uma pandega - paga pelos espectadores, cujo contributo, esse sim, servirá para ajudar as vítimas - quando, e o maior cego é aquele que não quer ver, bastava que cada um daqueles quase 80 beneficiados pela roda da sorte que é a vida, podia, perfeitamente, doar um mês, apenas um mês do seu ordenado para que a receita a favor dos coitadinhos fosse, no mínimo, CEM vezes maior. VIVA A HIPÓCRISIA!...
Que se lixe quem a patrocionou....

Qual quê? Vieram a Lisboa com tudo pago, ficaram num hotel de cinco estrelas, gozaram um bocado - e gozaram connosco - depois almoçaram 'à grande e à francesa', regressarão aos seus destino de origem em jactos privados e a populaça bate palmas até as mãos lhes doerem.

O futebol é uma 'droga' e, como qualquer droga, há quem viva dela.

Uma sugestão:
ao Governo, aos clubes, à federação...
façam um jogo de beneficiência em favor dos milhares de desempregados deste pobre e triste País.

Querem apostar que não resulta?
Com todo o respeito - e a dor d'alma que o acompanha - para com as vítimas do terramoto no Haiti, eu olho, todos os dias à minha volta e identifico dezenas de casos que mereceriam a 'solidariedade' deste bando de milionários.

Mas não ia 'pegar'.
Fazer um jogo de futebol com as maiores estrelas do Mundo para minorar as dificuldades de muitos milhares de lares portugueses, em muitos casos com os dois cabeças de casal desempregados? Naaaaaaa... não alimenta egos.

Nem há 'fundações' que se lembrem disso. Nem as que representam um clube que se reinvidica senhor de seis milhões de adeptos.