terça-feira, 29 de junho de 2010

Obviamente... demitia-os!

Não tive tempo para ver o jogo Espanha-Portugal. Primeiro o trabalho que, de uma coisa 'aventesma' nenhuma me poderá jamais acusar: de não cumprir à risca aquilo que me é pedido e, enquanto não estiver pronto... não há espaço para 'intervalos'.

Dita a arrumação da sala onde fica o meu posto de trabalho que eu seja o que mais próximo está do receptor de televisão, mas também o único que não consegue ver o ecrã pois o aparelho está a meu lado, do meu lado direito, mas avançado cerca de 40 cm. Esticando-me ainda posso ver as repetições... Ok, se for golo levanto-me e ganho posição...

Mas hoje, exactamente à hora que o jogo começou, chegou-me o serviço da nossa correspondente no Funchal que eu tinha que 'aparar' e fazer encaixar nos espaços previamente definidos quando da maquetagem da página. Era uma página inteira... Acabei quando o jogo acabou...

Vi o golo dos espanhóis, na repetição, não vi nenhuma das - iam-me dizendo - defesas 'impossíveis' do Eduardo mas, por exemplo ao cartão vermelho ao Ricardo Costa não liguei nenhum...

Não vejo, mas ouço a narração e os comentários... e, perante o 'onze' escalonado e o desenrolar daqueles, mesmo que tenha estado muito mais concentrado no trabalho do que no jogo, fui percebendo algumas situações. Doutras tiro as minhas próprias ilações...

Portugal não era. de facto, a melhor selecção deste Mundial, mas creio que cabia nas oito que seguem em frente. Não vou falar do capricho dos sorteios - não fomos primeiros no nosso grupo pela mesmíssima razão porque hoje fomos eliminados, e aí teríamos evitado a Espanha -, nem de arbitragens nem nada disso...

Disseram-me há pouco, cheguei agora, liguei o PC e nem sequer li ainda o que está on-line, que, perante uma pergunta do género «o que é que aconteceu», feita a Cristiano Ronaldo, este terá respondido: «Perguntem ao Carlos Queiroz.»

É disso que fico à espera, é que alguém tenha perguntado a Carlos Queiroz o que aconteceu e que amanhã, seja em que jornal for, possa ler a resposta.

E eu, que nem sou nada do género de apontar o dedo a ninguém, escrevo-o aqui... não foi Portugal que foi eliminado, foi o Carlos Queiroz. Quantas vezes dizemos que, sem ovos não se fazem omeletes? Mas Portugal tinha «ovos», se ficou por aqui foi porque o cozinheiro não as sabe fazer...

Uma equipa, num jogo 'mata-mata', como diria o Scolari - de que sempre fui fã, confesso-o - não pode ser montada à medida dos medos de um treinador. Treinador?

Repito-me, não foi a Selecção - mesmo esta, meio enviesada escolhida pelo professor de educação física que teve um dia a sorte de comandar um grupo de miúdos que eram, literalmente, de outro Mundo e por isso foram Campeões mundiais por duas vezes consecutivas - que foi eliminada, foi o Prof. E quem o escolheu.

Por isso, se fosse eu a mandar, obviamente, mal pisassem de novo solo nacional os demitia a ambos.

(Acrescentado a 30 de Junho, pelas 23 horas)
--> Não digo genial, até porque estaria a ser redundante tratando-se de um excerto de um poema do, ele sim, genial, Luis Vaz de Camões, mas muito bem 'apanhado' pelo Correio da Manhã na rubrica ACIMA/ABAIXO que faz publicar diariamente na sua 2.ª página...

ABAIXO... o seleccionador nacional, com este 'argumento':
Camões escreveu que "fraco Rei faz fraca a forte Gente"
... que melhor imagem poderia ter sido encontrada, que raiva não ter sido eu a lembrar-me!

Ah!, o ACIMA foi dedicado ao Eduardo que (consegui a proeza de ainda não ver nem um resuminho do jogo) por todas as crónicas que li esteve Enorme...