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Ser eu a dizê-lo, reconheço, fica-me mal. Afinal, eu sou um deles, embora não me reveja, e isso vai acontecendo cada vez mais amiúde, naquilo para que descambou aquela que nos tempos do salazarento período da nossa História mais ou menos recente nem sequer era reconhecida como profissão, mas que se distinguiu, ignorando a ignorância, tendo, mais tarde, vindo a ser, enfim, reconhecida como tal: a do Jornalismo Desportivo.
Jornalista Desportivo não tinha direito a Carteira Profissional nem a Sindicato, mesmo que corporativista. Não era reconhecido. Contudo deu a esta mui nobre profissão um sem números de nomes que hoje são, justamente, considerados como os maiores entre os grandes, quando o seu ideal era o romântico, mas puro, dever de, para além de Informar... Formar.
Caramba, não sou tão Velho quanto isso, mas tudo mudou nos últimos 30 anos. Terei eu culpa também, uma vez que já há 24 cá cheguei?
Ouvi, pela voz de vários camaradas de redacção - da minha redacção - que há já um bom par de anos (décadas), quando A BOLA, mesmo sendo um Jornal Desportivo, mesmo saíndo apenas três dias por semana, era referência maior na Imprensa portuguesa. A BOLA, por essa altura, era o ÚNICO jornal português internacionalizado. Que se vendia no estrangeiro - junto das nossas Comunidades Emigrantes, ok, mas que todos podiam comprar, por exemplo, em Paris. Mas não só.
Nem os sólidos, e já quase centenários na altura, O Século ou o Diário de Notícias gozavam de tal previlégio. E não é fábula, não senhor, por A BOLA não só muitos residentes, e muitos o confessaram, aprenderam a ler, como, junto dessas Comunidades era o único meio de ensinar aos filhos das primeiras gerações de Emigrantes a Língua Pátria.
Mas desviei-me - já estão habituados - ligeiramente daquilo que queria dizer.
Recupero, então, aquilo que os 'veteranos', alguns já desaparecidos, me contaram em relação a um determinado episódio passado na nossa velha redacção.
Um dia, um ainda jovem administrador, cargo 'conquistado' pelo número de acções de uma empresa que era familiar, atreveu-se a entrar no espaço da Redacção. Chefiava-a o mítico Vítor Santos que nunca quis ser Director porque, tudo o que ansiava era ser Jornalista, e era-o - foi dos maiores entre os grandes - nem sequer o olhou e remeteu-o à sua condição de segundo plano dentro do Jornal, mandando-o regressar de imediato ao seu gabinetezinho porque ali, na Redacção, era ele quem mandava e proíbia qualquer interferência.
Gostava de ter conhecido o Vítor Santos!...
Gostava de os ter conhecido a todos de então e não eram mais do que meia-dúzia... sete... oito!
O outro protagonista da estória conheço...
Ah!... Com o Vítor Santos como chefe-de-redacção muito provavelmente eu nunca teria entrado nesta família, confesso-o sem problemas... Mas não teria sido o único. (Sim! Por falta de qualidade para a integrar...)
Agora, perguntam os que conseguiram chegar até aqui, o que raio tem isto a ver com o título deste 'post'?
A barbaridade - que o Vítor Santos jamais consentiria - que se fez ao pôr 10 segundos de um vídeo justificada como 'o vídeo que pode tramar o FC Porto' e onde - é, evidentemente, um vídeo recolhido com um telemóvel e EU NEM QUERO JAMAIS SABER QUEM FOI QUE O FILMOU, ou quem o disponibilizou qualquer coisa abaixo de cão. Com os meus pedidos de desculpa para os canídeos, bichos que, por acaso, muito admiro.
Nem sequer vou - seria minha a vergonha - usar o argumento de que está a atacar um outro clube português.
"As coisas têm a importância que nós lhes damos"!
Peço desculpa, tenho a frase gravada na memória mas escapa-se.me agora o seu autor....
Nós, portugueses, na generalidade, SOMOS RACISTAS. O que é uma incongruência uma vez que somos um povo caldeado de várias raças.
Mesmo pelos piores razões, como a luxúria, nunca encontrámos na raça - ou côr de pele - motivo para deixarmos de acasalar com mulheres de outra raça (e côr de pele) durante a nossa 'conquista' do Novo Mundo, ou de África.
Os racionalistas - atenção, tem a ver com RAZÃO e não com raça (acho por bem vincar isto porque não tenho a certeza absoluta de que todos sabem a diferença) -, como eu me considero, sabemos, por um lado que quem tem o mínimo de formação cívica não é, porque o não pode ser dada a nossa História, racista; por outro lado, que há franjas - infelizmente, sou levado a crer que bem maiores do que aquilo que seria razoável - que o são. E que há franjas, entre estes, que fazem tudo para parecerem que o não são... mas são.
Ora, parece que no último FC Porto-Manchester City, pelo menos os ingleses queixaram-se á UEFA na maioria das vezes em que a bola era jogada pelo italiano - é mesmo italiano, nasceu em Itália - Balotelli e pelo camaronês Yaya Touré... das bancadas do Dragão se soltavam uns "hu!hu!hu!hu!hu!..." que os ingleses consideraram provocações, mais do que isso, manisfestações de índole racista.
(Não é preciso eu dizer que aquele... ulular quereria imitar um macaco!)
Mas, e era aqui que os OCS deverian usar - se ainda o praticassem [ver primeira parte desta mensagem] - o seu poder enquanto... formadores.
E só um mal intencionado o não iria perceber. O FC Porto, como todas as equipas portuguesas, tem no seu plantel jogadores das mais diversas raças e credos. E vários negros. São os portistas racistas? Não mais que os outros...
Aliás, acho que esta coisa do racismo, no futebol dos dias de hoje é TANGA! E que estes episódios esporádicos são aproveitados apenas para que a UEFA saque alguns francos suíços em multas.
E é isso que a faz estar tão... atenta! às denúncias, porque se estas não acontecessem, eles jamais o saberiam.
Depois, vem ao de cima - e isto é uma coisa para a qual não conseguirei jamais encontrar uma explicação - o comportamento miserabilista, de um provincionalismo a raiar a debilidade mental do próprio FC Porto que, no jogo a seguir, pôs os seus apaniguados a ulular 'hulk, hulk, hulk' para poder entregar no processo de defesa, que lhe será pedido se a acusação fôr por diante, como argumento de que os seus adeptos... "habitualmente" passam o jogo a berrar tal... aberração!
Está-se mesmo a ver... o City a atacar com o Balotelli (olha que menino!...) ou com o Touré, junto da área defendida pelo Helton e os seus adeptos a gritar 'hulk, hulk, hulk...'
E podem ver a gravação do jogo em Setúbal no qual, também, mesmo que fossem os sadinos a esboçar a mínima ideia que fosse de se aproximar das redes azuis-e-brancas o estádio fosse abafado com mais 'hulk, hulk, hulk...'
Quem teve esta ideia só pode ser atrasado mental...
E quem colocou um vídeo 'a mostrar crianças a entoar cântigos racistas'...
A BOLA tem uma História a preservar. Que se lixem os números de pageviews, que os administradores se remetam às suas salinhas e façam o ques é exigido, que é para isso que são pagos.
QUE SE BLINDE A REDACÇÃO A INTERESSES COMERCIAIS.
Ser eu a dizê-lo, reconheço, fica-me mal. Afinal, eu sou um deles, embora não me reveja, e isso vai acontecendo cada vez mais amiúde, naquilo para que descambou aquela que nos tempos do salazarento período da nossa História mais ou menos recente nem sequer era reconhecida como profissão, mas que se distinguiu, ignorando a ignorância, tendo, mais tarde, vindo a ser, enfim, reconhecida como tal: a do Jornalismo Desportivo.
Jornalista Desportivo não tinha direito a Carteira Profissional nem a Sindicato, mesmo que corporativista. Não era reconhecido. Contudo deu a esta mui nobre profissão um sem números de nomes que hoje são, justamente, considerados como os maiores entre os grandes, quando o seu ideal era o romântico, mas puro, dever de, para além de Informar... Formar.
Caramba, não sou tão Velho quanto isso, mas tudo mudou nos últimos 30 anos. Terei eu culpa também, uma vez que já há 24 cá cheguei?
Ouvi, pela voz de vários camaradas de redacção - da minha redacção - que há já um bom par de anos (décadas), quando A BOLA, mesmo sendo um Jornal Desportivo, mesmo saíndo apenas três dias por semana, era referência maior na Imprensa portuguesa. A BOLA, por essa altura, era o ÚNICO jornal português internacionalizado. Que se vendia no estrangeiro - junto das nossas Comunidades Emigrantes, ok, mas que todos podiam comprar, por exemplo, em Paris. Mas não só.
Nem os sólidos, e já quase centenários na altura, O Século ou o Diário de Notícias gozavam de tal previlégio. E não é fábula, não senhor, por A BOLA não só muitos residentes, e muitos o confessaram, aprenderam a ler, como, junto dessas Comunidades era o único meio de ensinar aos filhos das primeiras gerações de Emigrantes a Língua Pátria.
Mas desviei-me - já estão habituados - ligeiramente daquilo que queria dizer.
Recupero, então, aquilo que os 'veteranos', alguns já desaparecidos, me contaram em relação a um determinado episódio passado na nossa velha redacção.
Um dia, um ainda jovem administrador, cargo 'conquistado' pelo número de acções de uma empresa que era familiar, atreveu-se a entrar no espaço da Redacção. Chefiava-a o mítico Vítor Santos que nunca quis ser Director porque, tudo o que ansiava era ser Jornalista, e era-o - foi dos maiores entre os grandes - nem sequer o olhou e remeteu-o à sua condição de segundo plano dentro do Jornal, mandando-o regressar de imediato ao seu gabinetezinho porque ali, na Redacção, era ele quem mandava e proíbia qualquer interferência.
Gostava de ter conhecido o Vítor Santos!...
Gostava de os ter conhecido a todos de então e não eram mais do que meia-dúzia... sete... oito!
O outro protagonista da estória conheço...
Ah!... Com o Vítor Santos como chefe-de-redacção muito provavelmente eu nunca teria entrado nesta família, confesso-o sem problemas... Mas não teria sido o único. (Sim! Por falta de qualidade para a integrar...)
Agora, perguntam os que conseguiram chegar até aqui, o que raio tem isto a ver com o título deste 'post'?
A barbaridade - que o Vítor Santos jamais consentiria - que se fez ao pôr 10 segundos de um vídeo justificada como 'o vídeo que pode tramar o FC Porto' e onde - é, evidentemente, um vídeo recolhido com um telemóvel e EU NEM QUERO JAMAIS SABER QUEM FOI QUE O FILMOU, ou quem o disponibilizou qualquer coisa abaixo de cão. Com os meus pedidos de desculpa para os canídeos, bichos que, por acaso, muito admiro.
Nem sequer vou - seria minha a vergonha - usar o argumento de que está a atacar um outro clube português.
"As coisas têm a importância que nós lhes damos"!
Peço desculpa, tenho a frase gravada na memória mas escapa-se.me agora o seu autor....
Nós, portugueses, na generalidade, SOMOS RACISTAS. O que é uma incongruência uma vez que somos um povo caldeado de várias raças.
Mesmo pelos piores razões, como a luxúria, nunca encontrámos na raça - ou côr de pele - motivo para deixarmos de acasalar com mulheres de outra raça (e côr de pele) durante a nossa 'conquista' do Novo Mundo, ou de África.
Os racionalistas - atenção, tem a ver com RAZÃO e não com raça (acho por bem vincar isto porque não tenho a certeza absoluta de que todos sabem a diferença) -, como eu me considero, sabemos, por um lado que quem tem o mínimo de formação cívica não é, porque o não pode ser dada a nossa História, racista; por outro lado, que há franjas - infelizmente, sou levado a crer que bem maiores do que aquilo que seria razoável - que o são. E que há franjas, entre estes, que fazem tudo para parecerem que o não são... mas são.
Ora, parece que no último FC Porto-Manchester City, pelo menos os ingleses queixaram-se á UEFA na maioria das vezes em que a bola era jogada pelo italiano - é mesmo italiano, nasceu em Itália - Balotelli e pelo camaronês Yaya Touré... das bancadas do Dragão se soltavam uns "hu!hu!hu!hu!hu!..." que os ingleses consideraram provocações, mais do que isso, manisfestações de índole racista.
(Não é preciso eu dizer que aquele... ulular quereria imitar um macaco!)
Mas, e era aqui que os OCS deverian usar - se ainda o praticassem [ver primeira parte desta mensagem] - o seu poder enquanto... formadores.
E só um mal intencionado o não iria perceber. O FC Porto, como todas as equipas portuguesas, tem no seu plantel jogadores das mais diversas raças e credos. E vários negros. São os portistas racistas? Não mais que os outros...
Aliás, acho que esta coisa do racismo, no futebol dos dias de hoje é TANGA! E que estes episódios esporádicos são aproveitados apenas para que a UEFA saque alguns francos suíços em multas.
E é isso que a faz estar tão... atenta! às denúncias, porque se estas não acontecessem, eles jamais o saberiam.
Depois, vem ao de cima - e isto é uma coisa para a qual não conseguirei jamais encontrar uma explicação - o comportamento miserabilista, de um provincionalismo a raiar a debilidade mental do próprio FC Porto que, no jogo a seguir, pôs os seus apaniguados a ulular 'hulk, hulk, hulk' para poder entregar no processo de defesa, que lhe será pedido se a acusação fôr por diante, como argumento de que os seus adeptos... "habitualmente" passam o jogo a berrar tal... aberração!
Está-se mesmo a ver... o City a atacar com o Balotelli (olha que menino!...) ou com o Touré, junto da área defendida pelo Helton e os seus adeptos a gritar 'hulk, hulk, hulk...'
E podem ver a gravação do jogo em Setúbal no qual, também, mesmo que fossem os sadinos a esboçar a mínima ideia que fosse de se aproximar das redes azuis-e-brancas o estádio fosse abafado com mais 'hulk, hulk, hulk...'
Quem teve esta ideia só pode ser atrasado mental...
E quem colocou um vídeo 'a mostrar crianças a entoar cântigos racistas'...
A BOLA tem uma História a preservar. Que se lixem os números de pageviews, que os administradores se remetam às suas salinhas e façam o ques é exigido, que é para isso que são pagos.
QUE SE BLINDE A REDACÇÃO A INTERESSES COMERCIAIS.
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É com pasmo e até alguma vergonha que leio que o FC Porto vai apresentar quaixa do City à UEFA por... alegadas manifestações racistas em relação ao seu jogador Hulk, no jogo de hoje.
Só podem estar a brincar. Não vi o jogo mas não acredito. Terão gritado... 'hulk, hulk, hulk' quando o 12 azul-e-branco tocava na bola? Mas não, ainda por cima encenada à posteriori, a 'táctica pacóvia' tresandando a provincianismo bacoco, o que os portistas levaram ao exagero no jogo do Bonfim? Esse vi porque foi em sinal aberto.
Repito, não vi o jogo, não ouvi o relato (ia sabendo as ocorrências através da internet) por isso pouco mais posso adiantar. Mas, depois daquilo que, presumivemlemte se terá passado no Dragão e que levou à caricata encenação no Bonfim...
E sou obrigado a voltar atrás e à responsabilidade dos Jornalistas.
Não há nada no nosso Código Deontológico que nos obrigue a veicular 'comunicados' ou pseudo-recados. Todos os grandes clubes, e até médios, têm hoje uma página Oficial na internet, e alguns deles até canais televisivos. Que os usem...
Os Jornais não deveriam aceitar ser usados desta forma. E repito: estas decisões têm, obrigatoriamente que ser assumidas a partir de cima. Embora não ilibe os editores.
E, claro, não me refiro apenas ao FC Porto...
[esta parte foi acrescentada no dia 22 de Fevereiro, cerca das 23 horas]
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