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O bronco do João Pinto - antigo 'capitão' do êfecêpê (se o rapaz era mesmo bronco, porque não o hei-de eu dizer? - para além do celebérrimo 'prognósticos só no fim do jogo' (bronco... é pouco mas não se bata mais no ceguinho!) está no anedetório do futebol nacional por também ter dito que o seu coração só ter uma cor. Era 'azul-e-branco'. Esqueçamos a figura...
Usei-a - ok, fui mauzinho, mas estou a viver uma fase da minha vida em que só me apetece ser mau, e daí? quem atira a primeira pedra? - para 'colorir' o meu próprio coração.
Tem muitas cores. Umas mais vivas, porque me recordam bons momentos... outras mortiças, muitas quase apagadas porque... não interessa! Não vos interessa...
Estou a falar de Futebol. Nasci, graças a deus - digo eu que sou agnóstico - com um QI suficientemente elevado para não levar a sério coisas que são acessórias. Como o futebol.
Sou simpatizante do Benfica, todos os que me conhecem o sabem; não deixo de seguir a carreira do FC Serpa, a terra onde nasci... e não vou negar uma forte ligação (por tantos e tão variados motivos) ao FC Alverca, a minha terra adoptiva, onde cheguei há 40 anos.
Os variados motivos incluem uma das mais felizes fases da minha vida, quando embarquei na doida aventura de fazer parte de uma 'rádio pirata', que, praticamente desde o seu início reconheceu a importância da Informação - talvez por isso eu seja Jornalista - e da cobertura dos feitos e desditas do clube de futebol da terra.
Fiz muitas dezenas de relatos, de futebol, de hóquei em patins... fiz reportagens de provas de atletismo... como se costuma dizer, 'mergulhei de cabeça' sem me lembrar sequer que não sei nadar.
Hoje, dia 15 de Maio de 2011 o 'meu' FC Alverca - que teve de cumprir uma dolorosa travessia do deserto - garantiu a subida á Divisão de Honra da AF Lisboa depois de, vencendo (3-1) 0 Murteirense, acabou por beneficiar do empate do Vila Franca do Rosário (2-2), em casa, com os nossos vizinhos do Povoense para terminar a 1.ª Série da 1.ª Divisão da AFL em primeiro lugar.
Aliás, e falhei, na altura, no dia 22 de Abril o FC Alverca venceu a Taça da AFL (este ano denominada de Taça Centenário) batendo, curiosamente, o mesmo Vila Franca do Rosário com esta, para mim, comovente coincidência: no campo do Sacavenense.
O mesmo campo, na altura ainda pelado - como quase todos, até na I Divisão Nacional - onde em, 1987, passaram 24 anos (!!!) - ao vencer na 'liguilla' final o Operário de Lisboa o FC Alverca, com relato, em directo, do Afonso Castro e do Jorge Paulino, garantiu o regresso à III Divisão nacional depois de vários anos pelos regionais.
Mas a minha alegria, hoje, vai um pouco mais além. É que o presidente da Direcção do 'nosso' FC Alverca é o meu caríssimo Fernando Orge. A última vez que falámos estava ele por terras açoreanas, tinha acabado de assumir o comando técnico do Madalena do Pico. Trocámos números de telemóvel... e deixámos que o tempo os engolisse.
Nas longas noites de insónias que me consomem, e porque consegui descobri-la entre as muitas dezenas que tenho, ponho a rodar a cassete do relato que fui fazer, já não consigo lembrar-me quando, a Ponte de Sôr onde o FC Alverca venceu por 3-0. O Fernando fazia parte da equipa, como o Edgar, o guarda-redes, o 'capitão' Vaz, o Trincalhetas, o Daniel - que viera exactamente do Eléctrico - dos 'gigante Marinho, 'dono' da defesa' que tinha um homónimo no meio campo... do Paulo Rato... perdoem-me os que ficaram esquecidos!
Marque-se este dia 15 de Maio como mais um momento histórico do 'nosso' FC Alverca. E parabéns a todos. Por terem sido campeões de série mas, muito mais do que isso, por me terem feito recuar no tempo, atá a um tempo em que fui, mesmo, feliz...
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