Estamos, os mais desapaixonados - aqueles que não embarcam nessa história de se ser de um partido político como se é de um clube de futebol - cada vez mais preparados para não nos surpreendermos com as cabotinices dos... políticos. De nenhum político.
Agnóstico assumido, no que à relegião diz respeito, com tantos "vendilhões" à sombra do "templo" só posso assumir-me como politicamente agnóstico. Se isso existisse.
Mas sei perfeitamente que o simples - mas fundamental e do qual não abrirei mão - acto de me pronunciar é uma forma de fazer política. E nenhum cidadão se deve abster de o fazer. E, ao contrário daquilo que fomos induzidos a aceitar como o... correcto, não é ir em rebanho votar no partido de sempre que estamos a contribuir para o bem geral.
Se alguém disto tiver dúvidas... olhe à sua volta.
Mas chega de entretantos e vamos lá aos finalmentes...
O político - na, na, na.... não tentem convencer-me do contrário (não neste caso, embora saiba de tantos que podia escrever um livro!...). Escrevia eu, o político Armando Vara, que depois da curricular passagem por mais de um governo foi encaminhado para um belo emprego, daqueles onde basta trabalhar-se seis meses para logo se garantir uma reforma vitalícia.
Na Caixa Geral de Depósitos.
O maior banco português e ainda público.
De todos nós. Daí a minha indignação...
Dá-se o fórróbódó que se deu no BCP e o governo entende por bem intervir. Ainda alguém vai ter que me explicar porque é que o governo nunca interferiu - cedendo, nomeadamente, gestores com qualidades comprovadas - em empresas à beira do caos (e que normalmente acabam em falências mais ou menos fraudulentas e centenas de trabalhadores no desemprego).
Mas para o BCP foi logo indicado o presidente da CGD. O estado abriu mão de um bom gestor para "salvar" uma empresa privada...
Um dia virá a público aquilo que hoje ninguém quer ver: Há Lodo no Cais.
Mas em relação a este senhor - provavelmente porque será "mesmo excelente" - em todos os sentidos, nada se sabe. O que soubemos hoje foi que o senhor Armando Vara "meteu" os papelitos necessários para requerer uma licença sem vencimento na CGD, para ir para o BCP. E não sai para ir ganhar menos dinheiro!.
Mas percebe-se. No dia em que o BCP não precisasse mais dele, voltava ao porto de abrigo da CGD...
É qualquer coisa como se eu pedisse uma licença sem vencimento em A BOLA e fosse trabalhar para o Record. Concorrente directo.
Como o BCP o é da CGD.
Mas esta gente acha que nós somos mesmo todos parvos?
Agora falta saber o melhor... Conseguirá o senhor Vara esse aberrante privilégio?
Mais dia, menos dia havemos de saber...
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2 comentários:
Caro Madeira, trato-te assim porque nos conhecemos de troca de emails e mensagens. Em relação as trocas de assentos políticos por assentos de couro revestidos a ouro isso não falta… vai aos administradores da GALP, da EDP, da Caixa... quantos ex-politicos lá vês? Não deram uma para caixa como gestores de todos nós nas diversas areas da política, mas são óptimos gestores para empresas que são símbolos nacionais e que queremos ver a lutar com as congéneres europeias…
Dos últimos tempos só me lembro de um que fez o caminho inverso, saiu do BCP e por mérito (ou cunha) foi para as finanças organizar aquilo. E no fim foi de volta a casa...
Respondendo um pouco a tua pergunta sou um jovem de 26 anos, novo e ainda inocente nas manhas e bastiões da politica. Mas as vezes pergunto-me de como se rege os interesses nacionais...
Será que é a volta de um café, ou será em reuniões fundamentadas com pessoas que de facto entendem algo? A verdade é que já ouvi diversas teorias desde o Mundo oculto em Portugal através da maçonaria, ou lá como se escreve, ou então em jogos de jantares...
Bem para não fugir e não me alongar o que afasta os bons gestores da politica? Acredito que os haja, mas como há uns dias ouvi, se trabalhares muito não vais ter tempo de subir, porque o teu chefe vai reparar no teu colega que em vez de trabalhar está a dar duas de letra…
É o Portugal que temos.
... Se trabalhares muito não vais ter tempo de subir, porque o teu chefe vai reparar no teu colega que em vez de trabalhar está a dar duas de letra…
Olha que visão tão próxima da realidade e que por acaso eu nunca lera ou ouvira... e se eu sei bem o que isso é! Palavra!
Obrigado Claust.
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