quinta-feira, 13 de setembro de 2007

... e a Maddie estava acordada!

A pessoa que foi fazer a “ronda” antes da senhora Kate McCann voltou com a “novidade” de que a Maddie estava acordada.
Que chatice!...
Claro que caberia a um dos pais lá ir tentar repor a… normalidade.
Foi a mãe (custa-me escrever esta palavra….), tão sob os efeitos dos vapores do álcool como os demais.

O que é que aconteceu depois? Pois, se alguém soubesse, o caso estava resolvido.

Saltemos então essa parte se “sombra”.

A senhora McCann vai ver como estão os filhos, volta, talvez algo perturbada e que faz?
(Ainda não sabemos se a Maddie está lá ou não, se está bem, ou não.)
A senhora McCann voltou ao restaurante e sem demonstrar qualquer alteração no seu estado emocional, senão os empregados teriam notado, anuncia que a filha tinha desaparecido.

Façamos, como nos filmes, aqui um “corte” para juntar uma informação também ela confirmadíssima. Investigadas as chamadas feitas pelo seu telemóvel… ela primeiro ligou para uma amiga, jornalista de uma Televisão inglesa – a dizer que a filha tinha desaparecido – e só depois… demasiado tempo depois… ligou à GNR de Lagos (presumo eu, que há muitos anos atrás passei férias na Praia da Luz, mas aquilo ainda era um “deserto”...)

E quando a GNR chegou – sabendo nós o quanto são céleres as nossas polícias – já todo o complexo do “resort” de férias tinha – com a melhor das vontades, e serei o último a dizer o contrário – espezinhado caminhos, relvados, colocado impressões digitais em portas e janelas… tudo com a melhor das intenções de ajudar a procurar a menina

Eu não estou a dizer nada que a polícia não tenha investigado.
Certo que, tratando-se de uma família inglesa, até se compreenda que, antes de mais, tenha procurado ajuda junto dos seus mais próximos…

Mas depois vem o resto.
Aquele “ar” sempre meio “conformado” com o desaparecimento da pequena filha… a grande “prioridade” de arregimentar de imediato “apoios”… tudo coisas que, “a quente” nos passou despercebido a todos.

Mas passaram quatro meses.
Hoje, quem é pai/mãe já tem tempo para pensar um pouco…
Em vez de – e seria de todo aceitável – aparecerem a clamar por um maior empenhamento por parte da forças policiais… que aconteceu?
Começaram a distribuir folhas com a foto da menina, conseguiram o impensável, que foi que o padre da igreja da Praia da Luz lhes entregasse as chaves da igreja e… assumiram perante os diversos OCS um protagonismo que, hoje, a frio, já não é tão fácil de entender assim.

“Rádios? Televisões? Jornais? Fotos?... Eu, se um dos meus filhos tivesse desaparecido não queria ver era ninguém… E se desconfiasse que ele poderia ter sido morto, só queria morrer também!”, insiste em dizer-me uma amiga.

Mas ao que é que nós assistimos nos dias imediatos ao do desaparecimento da pequena Maddie?

Inocentemente, engolimos o isco que nos foi lançado e ficámos, solidários, ao lado dos pais que, no entanto, falavam a tudo o que era OCS.
E só agora podemos perceber isso.
Com uma grande frieza, sem um mínimo de sentimento, sem uma réstia palpável de dor.

Um peluche a rodar entre os dedos e palavras.

Palavras… só palavras.

E outra coisa deveras curiosa mas – lá está, quando se olham as coisas com a inocência que prevalece nos nossos sentimentos quem pensaria outra coisa? – retomo o raciocínio, outra coisa da qual ninguém desconfiou.

Desmontemos o caso, ignoremos os personagens… fiquemos apenas com uma criança desaparecida e os seus pais.
O que é que estes fariam primeiro?

Exactamente!... Se vissem nisso a hipótese de poderem recuperar o filho perdido, gastavam tudo o que tinham, começavam depois por pedir ajuda à família, seguir-se-iam os amigos… a comunidade local

Eu diria que ninguém, em verdadeira dor, se lembraria de abrir uma conta on-line num banco ao segundo dia após o desaparecimento de um filho.

MUITO MENOS sendo pessoas de uma classe média alta.

Afinal de contas, ambos são médicos.

Entretanto, tudo se descontrola.
Não acredito – e repito: NÃO ACREDITO – que a pequena Maddie tenha sido… assassinada. Mas que morreu, devido a um malfadado acidente – que não terá sido do grau mais leve, tendo em conta as últimas informações, e do qual não poderá ser alheio o mais ou menos estado de embriaguez do seu causador – disso, creio já não restam dúvidas.

Retomemos a cronologia dos factos.

Um dos elementos do grupo, cumprido a sua “escala” de verificação de que os miúdos estavam bem, voltou à mesa onde estavam todos. Mas a sua mensagem não terá sido tranquilizadora. A Maddie estava acordada. Então, a seguir foi a mãe.

Temos que confiar no profissionalismo da PJ.

E se a PJ tentou “apertar” a mãe por algum motivo foi.

Que terá acontecido?

A doutora Kate McCann tentou reforçar a dose do habitual – nestas circunstâncias porque, acreditem, não terá sido a primeira vez… – sedativo. A criança não colaborou.

A doutora McCann já tinha, estatisticamente, bebido uma garrafa de vinho mais um sétimo de uma outra… deu uma estalada na criança? É possível...

E esta bateu com a cabeça na parede, ou num móvel...

Fosse o que fosse, como médica, a doutora Kate McCann, quando voltou ao restaurante já sabia que a filha estava morta.

E foi naquele pequeno grupo, meio embriagado, que se definiu a estratégia a tomar.

Houve quem visse a figura de um homem a passar com uma criança nos braços, criança que não fez barulho, não esperneou, não esbracejou… como qualquer criança que estivesse a ser raptada faria.
Porque já estava morta.

Depois… depois foi todo o “circo” montado pelos próprios pais.

Francamente, não sei se a mãe chorou alguma vez ou não frente às câmaras de televisão. Também não me interessa.

Foi o abrir da conta, para ajudar na busca da criança “raptada”, as sucessivas missas… as viagens que chegaram até ao Vaticano, onde, inclusivé, estiveram com o papa…

A vinda dos cães especialistas – provavelmente, a única coisa que escapou ao macabro plano – o sangue, não só no apartamento, mas também num carro alugado três semanas depois do desaparecimento da criança que – e se vier a ser possível provar isto – significará que o corpo morto esteve três semanas debaixo do nariz dos polícias - os cabelos, muitos cabelos (fácil de serem desprendidos de um cadáver) descobertos no mesmo carro…
E a mais terrível das deduções.
Mesmo que acidentalmente, a Maddie foi morta pela mãe.

E o horroroso de tudo isto… pais e amigos encenaram toda uma estória tentando desviar a atenção dos investigadores.

Não fui chamado a ser júri, nem posso ser juiz porque para tal não tenho habilitações. Confirmando-se tudo o que suspeito… que a senhora Kate McCann possa vir a ter uma morte lenta e dolorosa. E na posse de todas as suas faculdades para que não deixe de pensar no que fez. Ou encobriu.

Que será das crianças quando as mães se abstiverem de serem as suas primeiras e mais fiáveis guardiãs?

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