quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

E Vale a Pena Lutar Contra o Destino?...

... EU ESTOU PRESTES A DESISTIR!

Definitivamente, na madrugada em que nasci não havia Lua ou então eu vim a este mundo com o cú virado para o seu 'Dark Side...!'

Não faz parte do meu ADN queixar-me! Até porque, não acreditando em 'fados', 'destinos', 'bruxas', 'deuses' ou 'gnomos' pouco me sobra a quem imputar a culpa por a vida não me ter sorrido.
Culpado me Confesso!

São três e meia da manhã.
Hoje não me posso deitar porque daqui a pouco, pelas 8.30 horas vou ter que fazer um electroencefalograma... a dormir. Logo, não posso dormir agora!

Depois, ao fim do dia, mais um exame. Um TAC toráxico porque os últimos três RX, tendo sido inconclusivos, porque os técnicos de imageonogia, todos eles, todos diferentes, aconselharam a Tomografia Axial Computarizada. Os médicos 'resistiram' a duas opiniões, à terceira mandam-me para o 'micro-ondas'.

O fim da caixa de Previdência e Abono de Família dos Jornalistas 'atirou-me' para o Sistema geral, resultado, há dois meses que não recebo o subsídio de doença.

O cheque chegou... no dia 28. Com os 'direitos adquiridos' dos Camaradas bancários - que não admitem que outros os tenham [terão todos nascido com o cú para a lua!] - não o terei na minha conta ainda esta semana.

Entretanto... somam-se as dívidas. Os empréstimos a que tive que recorrer.
Aqui, atrás de mim, tenho uma dúzia de receitas de medicamentos de que preciso, mas que não posso ir levantar à farmácia porque não tenho como pagá-los.

Já só ando com a ajuda de um par de canadianas e, ainda assim, chego 'morto' a casa se tenho que fazer mais de dois quilómetros a pé - sim, a pé, porque não tenho outra maneira - a distância que me separa do Centro de saúde.

Como todos os meses tenho que ir ao Hospital de Santa Maria, vai-me valendo a ajuda de um ou dois amigos que me vão pôr à estação de Alverca. Depois, que me desenrasque. E não lhes posso pedir mais.

Mais logo vou para Vila Franca! Um exame logo de manhãzinha... outro ao fim da tarde. Tenho um autocarro que passa aqui à porta, mas não dá para voltar, depois de um... e regressar a Vila Franca para o outro. Na carteira tenho pouco mais de oito euros... talvez dê para comer uma sandes, desde que fique com dinheiro para voltar para casa, à noite.

E assim definho... e assim, quando vou para a cama fico acordado até de manhã a recordar os bons tempos que vivi... se choro? Não! Mas vêm-me uma guticulas molhadas aos olhos.

O que eu fui, e o que eu sou agora!
Adivinhem qual vai ser o desfecho!

Manuel José Madeira 

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