HAVEMOS DE NOS ENCONTRAR, UM DIA DESTES
[Já repararam que estou a abrir 'janelas', em temas que sempre fiz questão de preservar?... Para bons entendedores...]
Só quando cheguei da consulta do CDP, em Vila Franca, e já passava das oito horas da noite, ao abrir o sítio de A BOLA deparei com a notícia da morte do Miguel Portas.
Confesso que era o 'político' com o qual mais me identificava. Loução sofre, definitivamente, de um complexo de inferioridade; Rosas é o contrário, acha-se superior... e o Povo diz que 'no meio está a virtude'.
Miguel Portas, para além de político, escritor, jornalista, viajante - não para viajar, mas para nos contar o que vivia nas suas viagens - foi sempre, pelo menos para mim e não discuto isso, um Homem com uma ideia, na qual acreditava e pela qual lutava. E que nada tinha a ver com auto-promoção. Não precisava.
Minado pelo cancro, lutou - como muitos outros, antes dele o fizeram e outros, depois dele o farão, não vou por aí - até ao fim pelos seus ideais.
Era um pouquinho, só um pouquinho mais velho que eu; era, repito-me, o Político com o qual mais me identificava. Morreu ontem.
Dói-me a sua morte. Não o choro - tento sempre não ser hipócrita - mas já sinto a sua falta.
Nunca estive perto dele (fisicamente), não o conheci pessoalmete, portanto, mas dói-me como se tivesse perdido um amigo, um irmão.
Uma coisa é certa - e isso, hipocritamente, ou não - outros políticos, de todos os outos quadrantes, reconheceram que a sua morte é uma grande perda para a política portuguesa.
Para uma faixa, não tão pequena quanto isso, onde eu me incluo, é uma perda irreparável.
Resta-nos honrar a sua memória..
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