A ETERNA MANIA DE ADORARMOS APARECER
COMO FIDALGOS FALIDOS. FALIDOS, MAS FIDALGOS... SEMPRE!
Um País que dentro de menos de sete anos deverá ao estrangeiro mais do que o próprio PIB gerado; um País onde, dentro de menos de sete meses terá 10% de desempregados... um em cada dez portugueses sem emprego... quantos moram no vosso prédio? 30? Três estarão desempregados, sem hipóteses e pagar a hipoteca do andar que julgaram desde sempre ser seu; para não falar do(s) carro(s) que toda a gente dá mais importância a parecer do que a sê-lo; um País que concede facilidades a multinacionais, com significativos benefícios fiscais, em nome da criação de novos postos de emprego, e meia dúzia de meses vê, impotente, essas unidades fecharem as portas criando mais desemprego; isto enquanto carrega fiscalmente nas pequenas e médias empresas nacionais que acabam por ter o mesmo destino; um País perfeitamente à deriva, em termos políticos e, sobretudo financeiros, como não há memória desde 1928, quando um tal Oliveira Salazar só aceitou ser presidente do Conselho se também tivesse a pasta das finanças... este País, que já ameaçou querer organizar uns Jogos Olímpicos, acaba de concretizar a candidatura à realização de um Mundial de Futebol!
E há, claro, quem logo tenha vindo a terreiro defender que isso será relevante para a economia nacional. Que economia? Relevante?
Na melhor das hipóteses teremos nove jogos. Bem negociado, teríamos em Portugal, para além da nossa Selecção, a brasileira, a ucraniana, a romena quiçá, Angola - se se apurassem. Aí poderíamos preencher mais de metade dos lugares oferecidos, mas a parte de leão caberá sempre a Espanha. Até para podermos ter, como se fala, o jogo de abertura, seria necessário convencer a FIFA a fechar os olhos aos regulamentos porque não temos estádio nenhum que observe as condições pedidas (mais de 80 mil lugares). Não me venham dizer que vão acrescentar algum dos três únicos candidatos.
Que o Turismo beneficiaria com a co-organização do Mundial... Nada de mais falacioso.
Ou nos mexíamos nos bastidores para poder ter cá as selecções que mencionei, porque é significativo o número de originais daqueles países imigrados em Portugal, ou, quem é que vindo do Norte da Europa, América ou Oceânia não vai ter como primeira escolha o ficar em Espanha?
Mas até me alarguei mais do que aquilo que pretendia.
E que se resume a uma frase:
Este País está a precisar de tanta, tanta coisa... menos de um Mundial de Futebol.
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