Luís Felipe Scolari nunca foi uma figura consensual malgrado o trabalho feito e que ficará para sempre na História do nosso futebol. E também não são consensuais os motivos das muitas… azias que têm como motivo o não gostarem dele. Ou porque não vai ver os jogos aos estádios, ou porque não vai aos estádios fora de Lisboa, ou porque fez da Selecção uma espécie de “família-Scolari” e, teimoso, dali não sai.
Ou porque ganha muitooooo dinheiro.
E nós, portugueses, sempre fomos muito invejosos deus nos abençoe...
Há um opinador, na área do futebol, com pouso na SIC-Notícias e nas páginas do Correio da Manhã e do Record, que então, esse é que não lhe perdoa. Nada.
Mas opinador (o que ele é) é uma coisa, e opinion-maker (o que ele acha que é)… outra muito diferente.
Quem se lembra do calendário/relógio – porque para ele aquilo era uma questão arrumada – a marcar as saídas de Nani e João Moutinho do Sporting?
Pois bem, no último sábado, na página inteira que tem no generalista, “lembrou-se” de uma coisa da qual… “jamais” alguém se lembraria: com o Scolari em “baixo” o que é que são “favas contadas”? Exactamente, como anunciava em título: “Mourinho na Selecção”.
Que a qualificação – sem Scolari, claro – é inevitável e que, com Mourinho – claro –, chegar ao título europeu era apenas uma questão de ir somando vitórias.
(Como se o Mourinho – digo eu que não sou especialista em futebol nem quero ser – definitivamente prisioneiro da imagem que criou para si próprio -, alguma vez, no futuro, queira pegar nalguma coisa a meio e depois vir a ser obrigado a dividir louros!)
Entretanto o Mourinho dá uma entrevista, ainda em Londres, aos OCS lusos e descarta liminarmente a hipóteses Selecção antes de chegar à idade da pré-reforma.
O que aliás, e se ele tem uma virtude é a de ser coerente, sempre disse.
“Amuado” o opinador por ver a sua “iluminada previsão” derretida como fatia de manteiga em frigideira quente, hoje, no Record toma posição e “decreta”: “Caridade, não!”.
Eu, que não sou especialista em sociologia, nem em comportamentos – na verdade, não sou especialista em nada – sorri. E lembrei-me de um velho episódio do qual muitos ainda se lembrarão.
Em finais dos anos 80 do Século passado, numa altura de crise na Selecção, um jornalista – já não me lembro quem! – num programa com um painel de convidados, perguntou directamente ao inesquecível Zé Neves de Sousa: Quem acha que poderia vir a treinar a Selecção? E ele respondeu sem pestanejar: Eu!...
Estou convencidíssimo que é essa a pergunta que este opinador espera há anos.
Perguntem-lhe lá quem é que ele acha que deveria treinar a Selecção que o homem está com a resposta entalada.
Ou perguntem-lhe quem deveria treinar o Benfica, o Sporting, o FC Porto ou mesmo o Leixões…
A resposta, tenho a certeza, seria a mesma!
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