Claro que somos xenófobos. Pior do que isso – o que nos torna ainda mais pequeninos – somos invejosos em relação aos sucessos alheios.
E devíamos ter vergonha disso.
Dizendo de outra forma, não somos ostensivamente xenófobos, somo-lo… – e é aí que se centra o vil da questão –, cobardemente xenófobos.
Em que raio de cadinho terá sido moldado o carácter do português?
No que é que se tornou aquele povo que ganhou direito a fazer parte da história da humanidade? Dos intrépidos descobridores, dos valentes combatentes… dos grandes geradores de consensos.
Vejo-me obrigado a vasculhar a minha biblioteca na busca de livros que me sustentem, com histórias provadas, que já fomos grandes.
Agora somos pequeninos.
Vilmente pequeninos.
Somos um povo que “berra” contra as portagens – como se não fosse de todo justo que os seus utilizadores paguem a manutenção de uma via que utilizam – defendendo, mais ou menos ostensivamente, que essa pequena comparticipação (de alguns milhares) seja diluída nos impostos gerais para os quais contribuem 1000 vezes mais pessoas que nem sabem o que é uma auto estrada.
Porque não lhes passa nenhuma perto das suas rotas normais, porque nem sequer têm carro…
Somos, e eu sei bem disso, um povo que, nos respectivos empregos curva sem o menor amor-próprio a espinha a um qualquer “chefe” que lhes é imposto e que eles sabem não reúne o mínimo de conhecimentos para ser chefe de seja o que fôr. À nossa frente, nesta clara falta de personalidade – e de coragem – só sei dos brasileiros que tratam por doutor tudo o que não vista calças de ganga e t’shirt. Mas os brasileiros são um “produto” de Portugal.
Aonde é que eu quero chegar?
Ao “caso” Scolari.
O Senhor Luis Felipe Scolari é uma figura.
Do alto do seu estatuto de treinador Campeão do Mundo – ao que se juntará uma evidente falta de modéstia (mas será isso mesmo um defeito?) e de uma auto-estima acima da média –, Scolari, que foi contactado para dirigir a Selecção Nacional, a quem foram oferecidas condições que, naturalmente, negociou e, é óbvio, fez vingar as suas ideias, chegou a Portugal e, como não é estúpido, rapidamente percebeu os diversos “lobbies” que vingavam e fez aquilo que NENHUM português teria sido capaz de fazer.
Traçou uma linha, manteve-se fiel a essa linha e, como se diz… aos costumes disse nada!
E começou a ganhar.
E, apesar de estrangeiro, soube, de uma forma irrepreensível, cavar o tão fundo quanto era preciso até trazer de novo à superfície os valores de um país que nem era o seu.
Em menos de metade do tempo que o anterior seleccionador levou a desbaratar um terço do capital social da empresa de que é sócio nos casinos de Macau e Hong-Kong – o que foi, merdosamente, branqueado por TODOS os jornalistas que o acompanharam, que sabem mas cobardemente calaram – com medo de quê? – “puxou” a bandeira de Portugal para milhões de janelas – onde, em muitos milhares delas ainda flutuam – e devolver ao Povo português a ideia de Pátria. Ainda que através do futebol.
Foram poucos, muitos poucos e, de entre esses, apenas os do costume - os que protestam quando chove para exigirem sol, e bramem quando faz sol, exigindo chuva - os que se atreveram a escrever contra Scolari.
É evidente porquê. Porque nem eles – porque não qualificados – nem nenhum dos elegíveis para o lugar de Seleccionados Nacional e a quem devem inconfessáveis favores, jamais conseguiriam fazer igual ao que o… brasileiro fez!
E Scolari levou Portugal tão alto como não acontecia desde 1966.
Levou Portugal a vice-campeão Europeu e ao 4.ª lugar no Mundial que se seguiu.
É evidente que, se há clubes – por acaso radicalmente presidencialista – em que é permitido (ou foi, na última temporada) que, cada vez que a equipa marcava um golo, os jogadores corriam para o banco para festejarem com… o guarda-redes suplente, ignorando o técnico da equipa, a Scolari terá de ser reconhecido o direito de… não permitir isso.
E enquanto ganhou jogos, salvo um ou outro papagaio, que se repete, e repete, e repete… ao ponto de já não haver pachorra para o ler, ninguém teve coragem para o contestar.
E devíamos ter vergonha disso.
Dizendo de outra forma, não somos ostensivamente xenófobos, somo-lo… – e é aí que se centra o vil da questão –, cobardemente xenófobos.
Em que raio de cadinho terá sido moldado o carácter do português?
No que é que se tornou aquele povo que ganhou direito a fazer parte da história da humanidade? Dos intrépidos descobridores, dos valentes combatentes… dos grandes geradores de consensos.
Vejo-me obrigado a vasculhar a minha biblioteca na busca de livros que me sustentem, com histórias provadas, que já fomos grandes.
Agora somos pequeninos.
Vilmente pequeninos.
Somos um povo que “berra” contra as portagens – como se não fosse de todo justo que os seus utilizadores paguem a manutenção de uma via que utilizam – defendendo, mais ou menos ostensivamente, que essa pequena comparticipação (de alguns milhares) seja diluída nos impostos gerais para os quais contribuem 1000 vezes mais pessoas que nem sabem o que é uma auto estrada.
Porque não lhes passa nenhuma perto das suas rotas normais, porque nem sequer têm carro…
Somos, e eu sei bem disso, um povo que, nos respectivos empregos curva sem o menor amor-próprio a espinha a um qualquer “chefe” que lhes é imposto e que eles sabem não reúne o mínimo de conhecimentos para ser chefe de seja o que fôr. À nossa frente, nesta clara falta de personalidade – e de coragem – só sei dos brasileiros que tratam por doutor tudo o que não vista calças de ganga e t’shirt. Mas os brasileiros são um “produto” de Portugal.
Aonde é que eu quero chegar?
Ao “caso” Scolari.
O Senhor Luis Felipe Scolari é uma figura.
Do alto do seu estatuto de treinador Campeão do Mundo – ao que se juntará uma evidente falta de modéstia (mas será isso mesmo um defeito?) e de uma auto-estima acima da média –, Scolari, que foi contactado para dirigir a Selecção Nacional, a quem foram oferecidas condições que, naturalmente, negociou e, é óbvio, fez vingar as suas ideias, chegou a Portugal e, como não é estúpido, rapidamente percebeu os diversos “lobbies” que vingavam e fez aquilo que NENHUM português teria sido capaz de fazer.
Traçou uma linha, manteve-se fiel a essa linha e, como se diz… aos costumes disse nada!
E começou a ganhar.
E, apesar de estrangeiro, soube, de uma forma irrepreensível, cavar o tão fundo quanto era preciso até trazer de novo à superfície os valores de um país que nem era o seu.
Em menos de metade do tempo que o anterior seleccionador levou a desbaratar um terço do capital social da empresa de que é sócio nos casinos de Macau e Hong-Kong – o que foi, merdosamente, branqueado por TODOS os jornalistas que o acompanharam, que sabem mas cobardemente calaram – com medo de quê? – “puxou” a bandeira de Portugal para milhões de janelas – onde, em muitos milhares delas ainda flutuam – e devolver ao Povo português a ideia de Pátria. Ainda que através do futebol.
Foram poucos, muitos poucos e, de entre esses, apenas os do costume - os que protestam quando chove para exigirem sol, e bramem quando faz sol, exigindo chuva - os que se atreveram a escrever contra Scolari.
É evidente porquê. Porque nem eles – porque não qualificados – nem nenhum dos elegíveis para o lugar de Seleccionados Nacional e a quem devem inconfessáveis favores, jamais conseguiriam fazer igual ao que o… brasileiro fez!
E Scolari levou Portugal tão alto como não acontecia desde 1966.
Levou Portugal a vice-campeão Europeu e ao 4.ª lugar no Mundial que se seguiu.
É evidente que, se há clubes – por acaso radicalmente presidencialista – em que é permitido (ou foi, na última temporada) que, cada vez que a equipa marcava um golo, os jogadores corriam para o banco para festejarem com… o guarda-redes suplente, ignorando o técnico da equipa, a Scolari terá de ser reconhecido o direito de… não permitir isso.
E enquanto ganhou jogos, salvo um ou outro papagaio, que se repete, e repete, e repete… ao ponto de já não haver pachorra para o ler, ninguém teve coragem para o contestar.
Somos, endemicamente cobardes.
Ou, dizendo de outra forma, provavelmente mais perto da verdade, somos compulsivos “lambedores de botas”.
Mas pronto… não há mal que sempre dure nem bem que nunca acabe e a Selecção portuguesa está alguns (muitos) furos abaixo daquilo que mostrou valer nos últimos anos.
Era inevitável.
Mas pronto… não há mal que sempre dure nem bem que nunca acabe e a Selecção portuguesa está alguns (muitos) furos abaixo daquilo que mostrou valer nos últimos anos.
Era inevitável.
As figuras da nossa Selecção já não eram novas e, sobretudo, estão “podres” de ricos.
Não se esqueçam disto os comentadores encartados quando opinarem sobre a Selecção.
Não se esqueçam disto os comentadores encartados quando opinarem sobre a Selecção.
E tentem disfarçar aquilo que poucos conseguem disfarçar: somos xenófobos, sim! Se fosse um técnico português…
Mas há mais. Era inevitável uma remodelação, quase total, da Selecção. E isso acarreta riscos. Que Luís Felipe Scolari correu.
Quem não corre – pelo menos o que deles se esperava – são alguns dos jogadores.
O senhor Deco, que deve a Scolari o passaporte português e o facto de ter conseguido um contrato multimilionário com o Barcelona (onde já não se sente bem, o que é indício mais do que certo de que há na fila quem já está a querer oferecer-lhe mais), devia suar sangue em campo. Porque fica bem a um homem o manter-se reconhecido a quem, um dia, lhe deu a mão…
Mas o futebol é apenas um jogo, e se se soubesse, de antemão, quem ia ganhar… não tinha interesse nenhum.
Desculpem… estou mesmo a chegar ao fim.
É claro que isto tem a ver com o acontecido na 4.ª feira.
Se o jogador sérvio não tem tido aquela reacção reflexa de atirar a cabeça para trás… ah!, se calhar tinha ficado sem um dente ou dois. Scolari “abriu” o braço para bater. Não há dúvidas…
E vai pagar por isso.
E vai haver quem ache – seja qual fôr a sentença que vier a ser proferida – que o castigo foi demasiado leve ou demasiado pesado, conforme o ponto de vista.
O que eu quero mesmo dizer é que, para mim, o Luís Felipe Scolari continua a ser o mesmo Homem, com letra grande, que sempre foi. Que dá a cara, que dá o peito às balas. Teve dez segundos marcados por atitude reprovatória.
Mas há mais. Era inevitável uma remodelação, quase total, da Selecção. E isso acarreta riscos. Que Luís Felipe Scolari correu.
Quem não corre – pelo menos o que deles se esperava – são alguns dos jogadores.
O senhor Deco, que deve a Scolari o passaporte português e o facto de ter conseguido um contrato multimilionário com o Barcelona (onde já não se sente bem, o que é indício mais do que certo de que há na fila quem já está a querer oferecer-lhe mais), devia suar sangue em campo. Porque fica bem a um homem o manter-se reconhecido a quem, um dia, lhe deu a mão…
Mas o futebol é apenas um jogo, e se se soubesse, de antemão, quem ia ganhar… não tinha interesse nenhum.
Desculpem… estou mesmo a chegar ao fim.
É claro que isto tem a ver com o acontecido na 4.ª feira.
Se o jogador sérvio não tem tido aquela reacção reflexa de atirar a cabeça para trás… ah!, se calhar tinha ficado sem um dente ou dois. Scolari “abriu” o braço para bater. Não há dúvidas…
E vai pagar por isso.
E vai haver quem ache – seja qual fôr a sentença que vier a ser proferida – que o castigo foi demasiado leve ou demasiado pesado, conforme o ponto de vista.
O que eu quero mesmo dizer é que, para mim, o Luís Felipe Scolari continua a ser o mesmo Homem, com letra grande, que sempre foi. Que dá a cara, que dá o peito às balas. Teve dez segundos marcados por atitude reprovatória.
Reprovemo-la!
Ninguém tem o direito de bater em ninguém, ainda por cima, sem motivos válidos.
Mas não sejamos tão radicais que aceitamos como “despejado” naquele movimento do braço esquerdo do homem tudo o que ele conquistou para Portugal.
Sabemos todos que há meia dúzia de “delfins” de outras tantas figuras no desemprego.
Sabemos todos que há meia dúzia de “delfins” de outras tantas figuras no desemprego.
E que o lugar de Seleccionador nacional podia pagar muitos favores.
Mas pensem duas vezes.
Scolari perdeu a cabeça?
Que ponha a sua própria no tronco, a quem a isso ainda não aconteceu.
Mas, principalmente àqueles que acham que percebem alguma coisa de futebol, não esqueçam que foi ele, Luis Felipe Scolari, quem agarrou numa dúzia de rapazes jeitosos com a bola, fez com eles uma equipa – UMA EQUIPA – que fez tremer os poderosa da Europa e do Mundo, e acaba por estar ligado ao facto de, hoje, os nossos seleccionados virem de meia dúzia de países diferentes, onde representam uma dúzia de clubes do primeiro plano mundial.
Eu VOTO pela continuação de Scolari.
E como sou chato, insisto: pior do que a tentativa de agressão, a quente, e na sequência de quatro jogos em que os JOGADORES não corresponderam à estratégia DESTE técnico… aconteceu no Mundial da Coreia/Japão onde o técnico, na altura, perdia horas no casino, e onde o “adjunto” tinha como função principal recrutar prostitutas.
Estavam lá duas dezenas de jornalistas.
Mas, principalmente àqueles que acham que percebem alguma coisa de futebol, não esqueçam que foi ele, Luis Felipe Scolari, quem agarrou numa dúzia de rapazes jeitosos com a bola, fez com eles uma equipa – UMA EQUIPA – que fez tremer os poderosa da Europa e do Mundo, e acaba por estar ligado ao facto de, hoje, os nossos seleccionados virem de meia dúzia de países diferentes, onde representam uma dúzia de clubes do primeiro plano mundial.
Eu VOTO pela continuação de Scolari.
E como sou chato, insisto: pior do que a tentativa de agressão, a quente, e na sequência de quatro jogos em que os JOGADORES não corresponderam à estratégia DESTE técnico… aconteceu no Mundial da Coreia/Japão onde o técnico, na altura, perdia horas no casino, e onde o “adjunto” tinha como função principal recrutar prostitutas.
Estavam lá duas dezenas de jornalistas.
Não me perguntem a mim.
Perguntem-lhes a eles.
Que sabem, com certeza o que se passou naquelas três semanas.
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